O Banco Mercantil realizou recentemente diversas demissões por justa causa. Os casos ocorreram em Belo Horizonte (BH) e foram denunciados pelo movimento sindical da região, que enviou um ofício à instituição cobrando esclarecimentos sobre os desligamentos.
De acordo com os representantes dos trabalhadores, as demissões ocorreram com base, unicamente, em queixas dos clientes. Os bancários não tiveram acesso aos motivos que justificariam a demissão por falta grave.
Consequências
Nessa modalidade de demissão, o trabalhador perde direitos trabalhistas, como aviso prévio, férias proporcionais, 13º salário proporcional e saque do FGTS, além do direito ao seguro-desemprego, benefício da Seguridade Social que tem a finalidade de garantir assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado.
Os bancários também não terão direito à PLR (Participação nos Lucros e Resultados) integral ou proporcional.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, os trabalhadores demitidos têm o direito de saber os motivos reais que levaram ao desligamento, assim como a possibilidade de se defender das acusações.
Cuidado!
A entidade alerta que casos semelhantes já ocorreram após clientes reclamarem de serviços e produtos não contratados, como cheque especial, empréstimo consignado, entre outros. O Mercantil vem impondo uma política de cobrança extrema, com metas abusivas e inatingíveis. Pressionados a empurrarem produtos adicionais, muitos funcionários acabam caindo na armadilha do banco, adotando práticas antiéticas ou até ilegais para alcançar o resultado imposto.
“Melhor ficar abaixo da meta do que ultrapassá-la à custa da própria integridade e perder o emprego por justa causa”, aconselha Pedro Valesi, diretor do Sindicato.