A Caixa registrou lucro líquido contábil de R$ 9,78 bilhões no primeiro semestre de 2025. O resultado representa um crescimento de 70,2% em relação ao mesmo período de 2024. Já o lucro líquido recorrente alcançou R$ 8,94 bilhões, um avanço de 44,9% na comparação anual.
O balanço mostra que o resultado positivo decorre, principalmente, do aumento da receita de intermediação financeira (+25,4%) e da margem financeira (6,3%). O ativo total alcançou R$ 2,12 trilhões, alta de 11,0% em 12 meses. A rentabilidade recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 11,86%, aumento de 2,32 p.p. em relação ao mesmo semestre de 2024.
Queda no resultado contábil
Em contrapartida, o resultado contábil no segundo trimestre apresentou queda de 39,7% em relação ao primeiro trimestre de 2025. Para lembrar, no primeiro trimestre de 2025, a Caixa contabilizou valores extraordinários, não recorrentes, resultando no crescimento do lucro contábil no período. Os valores foram referentes ao corte de despesa com a reavaliação atuarial do Reg/Replan em consequência de alterações nos regulamentos do plano, R$ 900,7 milhões; e ao ganho com a alienação de parte da participação societária na Caixa Seguridade, R$ 839,4 milhões.
Crescimento da carteira de crédito
No período, houve crescimento da carteira de crédito, impulsionado pelo crédito imobiliário (+11,7%), agronegócio (+2,6%), 5,4% em saneamento e infraestrutura, 8,1% em crédito de pessoa jurídica e 9,1% em crédito comercial pessoa física.
As despesas de pessoal (incluindo PLR) diminuíram 2,85% em relação ao mesmo semestre de 2024. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 83%.
Redução
Em relação à estrutura física, o banco conta com 3.249 agências, uma redução de 122 agências em relação ao primeiro semestre do ano imediatamente anterior. Por conta da reestruturação iniciada em agosto, que inclui o fechamento de agências físicas e a transformação de outras em unidades digitais, esse número será ainda maior ao final do ano.
O quadro de funcionários também encolheu, foram 2.619 postos de trabalho a menos em relação ao mesmo semestre de 2024. Com isso, o banco encerrou junho com 84.050 empregados.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a CEF segue na contramão do seu próprio crescimento. Enquanto comemora a marca de 5 milhões de novos clientes no semestre, totalizando 156 milhões, o banco reduz o número de empregados e sobrecarrega aqueles que restaram, deixando claro que sua prioridade é o lucro, mesmo que isso resulte em adoecimento e precarização.