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Casos de assédio moral e desmonte na BB Seguridade vêm à tona

25/03/2025

Bancos: Banco do Brasil

Reprodução/BB Seguros

Casos de assédio moral e desmonte na BB Seguridade – empresa de seguros controlada pelo Banco do Brasil e que tem influência de políticos do Centrão – vieram à tona, na segunda-feira (24). Três funcionários do setor de Controles Internos e Integridade (SCI), responsável por investigar irregularidades e assegurar a conformidade ética na empresa, denunciaram ter sofrido assédio moral na holding, entre 2024 e início de 2025.

De acordo com relatos, obtidos pelo portal G1, o assédio envolvia as seguintes práticas abusivas: isolamento da área de Controles Internos e Integridade e seus funcionários; limitação da atuação desses trabalhadores e o acesso deles a informações; avaliações com notas baixas e impedimento da progressão de pessoas não alinhadas à cúpula da empresa, priorizando a ascensão de aliados.

Atualmente, nenhum dos funcionários da BB Seguridade que atuava na SCI no início de 2024 permanece na função. O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Brasília abriu um procedimento para investigar o caso, que envolve o superintendente executivo Maurício Azambuja e outros gestores.

Estopim

As denúncias apontam que o estopim da crise interna pode ter sido motivado pela investigação da SCI sobre a distribuição de dezenas de “kits”, avaliados em cerca de R$ 4 mil cada, dados como presente à cúpula da empresa e a parceiros externos em 2023. O kit continha itens como mala de bordo, mochila de couro e carregador por indução. O valor viola o permitido pelo Código de Ética do BB.

Após a investigação, os brindes foram devolvidos, no entanto, nenhuma punição foi aplicada e a equipe que apurou o caso teria sofrido retaliações. Além disso, a SCI também vinha alertando sobre falhas na fiscalização de parceiros comerciais, que expandiam suas operações sem monitoramento adequado; e irregularidades em contratos com grandes empresas, como Mapfre e Odontoprev.

Perseguições

Em uma reunião com três funcionários, o superintendente Maurício Azambuja teria declarado que “regras existem para serem flexibilizadas”, contrariando a Lei Anticorrupção, que exige respeito às normas. Diante da declaração, a então chefe da SCI teve uma crise de choro e formalizou seu descontentamento por meio de mensagens ao executivo. Contudo, não obteve retorno e passou a sofrer ataques pessoais. Pouco tempo depois, precisou se afastar do trabalho por motivos de saúde. Atualmente, ela segue afastada pelo INSS e está em um programa interno de proteção a denunciantes.

O executivo também teria perseguido um funcionário que pediu explicações por ter recebido a nota mais baixa (1) na avaliação de desempenho. Azambuja disse que deu a nota ruim porque o funcionário teve uma “conversa” com terceiros que prejudicou o clima no trabalho.

De acordo com os funcionários, esses e outros episódios foram denunciados à Ouvidoria do Banco do Brasil ainda em 2024. Há denúncias também que envolvem discriminação — misoginia e homofobia.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região espera celeridade na investigação do MPT e, caso comprovadas as irregularidades, que os envolvidos sejam devidamente punidos. É inadmissível que um setor anticorrupção, essencial para garantir a lisura na administração, seja alvo de assédio moral e de desmonte. O Centrão, que frequentemente negocia cargos e influência em troca de apoio legislativo, não pode transformar o BB Seguridade em mais um instrumento de barganha política!

 

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