Na semana passada, o Bradesco sofreu nova derrota na ação civil pública que cobrava o fim das demissões no banco durante a pandemia e posterior reintegração dos funcionários demitidos nesse período.

O recurso ordinário ajuizado pelo Bradesco no TST foi negado e com isso está mantido o mandado de segurança que o Sindicato havia conquistado.

Histórico do problema

No início da pandemia, o Bradesco e outros grandes bancos assumiram publicamente compromisso pela manutenção de empregos durante a crise sanitária. Pouco depois, começou a descumprir o acordo, o que levou o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região ingressar com ação sobre o tema.

A Justiça determinou então o fim das demissões imotivadas e a reintegração dos bancários que perderam o emprego no período. Entretanto, a decisão jurídica ainda não está sendo respeitada e o Sindicato teve que peticionar novamente o Bradesco por conta da desobediência.

A situação chega a ser ainda pior, pois o banco seguiu demitindo, mesmo sob pena de multa diária de R$ 50 mil pelo descumprimento do mandado de segurança.

Nova demissão

Descumprindo a decisão judicial, na semana passada, o Bradesco demitiu mais um bancário. A última vítima foi o gerente geral da agência da Vila Universitária, em Bauru, que tinha 19 anos de serviços prestados ao banco. Ele é o 48° bancário demitido pelo Bradesco em Bauru e região. Em nível nacional, 8 mil funcionários do Bradesco já foram desligados durante a pandemia.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região seguirá denunciando publicamente o abuso de poder econômico do Bradesco, que não respeita sequer o Poder Judiciário. Além disso, está oferecendo a execução individual do mandado de segurança para o bancário que quiser garantir sua reintegração imediata.