Um bancário que foi acusado de ser “ladrão” e foi rebaixado de cargo, ganhou uma ação contra a Caixa Econômica Federal e receberá R$150 mil de indenização.

O bancário, que trabalhava no banco desde 1982, exercia na época do caso, o cargo de gerente de retaguarda, em uma agência da Caixa do Rio de Janeiro, e foi alvo de processo administrativo interno. Acusado de irregularidades nos procedimentos operacionais para pagamento de guias de depósitos oriundas da PREVI do Banco do Brasil, o funcionário, há mais de nove anos na função, foi retirado de seu posto e transferido para uma agência em outro município do estado.

No processo administrativo, o bancário foi chamado de “ladrão” por um dos membros da comissão apuradora. No entanto, ao fim do procedimento, foi constatada a ausência de provas que o responsabilizassem.

Mesmo sendo inocente, a alocação em outra agência e a atitude dos membros da comissão apuradora mancharam sua reputação perante colegas de trabalho e familiares. Completamente abalado e com a sua imagem deteriorada graças à essa falsa acusação, o trabalhador teve sua saúde psíquica comprometida, adoecendo e tendo que submeter-se a tratamento médico.

A 6ª Vara do Trabalho de São Gonçalo, Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, decidiu que o trabalhador receberá indenização por danos morais no valor de R$ 150 mil, a incorporação do valor da gratificação de função e as integrações decorrentes nas rubricas contratuais e FGTS.

Além disso, na decisão, a Caixa também foi condenada a fazer uma retratação formal em sua página virtual Intranet, por 30 dias, por ter praticado tratamento arbitrário e dado repercussão negativa da situação do bancário durante o processo administrativo instaurado.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a condenação da Caixa em ter que se retratar formalmente, é o mínimo que o banco deveria fazer. Ofender a honra e destruir a imagem do bancário com essa falsa e revoltante acusação, foi inadmissível!