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MPT cobra explicações do Banco do Brasil sobre alteração no protocolo contra a Covid-19

14/01/2022

Bancos: Banco do Brasil

O Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou no dia 12, uma audiência de mediação para que o Banco do Brasil explique a alteração unilateral no protocolo de segurança sanitária contra a Covid-19 nas unidades da instituição. O pedido da audiência foi realizado pela Contraf-CUT.

O ponto principal discutido na audiência foi a retirada do item que determina o encerramento de expediente da unidade do banco no mesmo dia em que haja a confirmação de caso de Covid-19 entre os funcionários.

Tentando justificar a retirada do item, representantes do BB afirmaram que, no caso de unidades menores, quando houvesse a confirmação de um trabalhador com Covid-19, o espaço seria fechado e todos funcionários migrariam para o home office. Contudo, no caso de unidades maiores, haveria o isolamento da área onde o trabalhador infectado atuava e somente colegas próximos ou que tiveram contato direto com o funcionário positivado durante um eventual almoço ou café, seriam enviados para o trabalho remoto.

Com essa mudança, o banco afirmou que o protocolo estaria mais seguro, porque ampliava as possibilidades de autodeclaração de trabalhadores que eventualmente tiveram contato com colegas contaminados. Entretanto, não há ponto explícito sobre a autodeclaração no Manual de Trabalho Presencial, que dita os protocolos a serem seguidos.

Na audiência, os representantes dos trabalhadores pontuaram que o Banco do Brasil precisa fornecer um Manual com texto claro, para que os gestores saibam, facilmente, como proceder em todos os casos. Eles também afirmaram que não é possível entender porque o Manual ficou mais abrangente, se agora existe necessidade maior de explicar, e de forma subjetiva, quando ou não dispensar os funcionários no caso de haver a confirmação de uma pessoa contaminada.

O banco não soube explicar os critérios técnicos que amparam a sua decisão para alterar o texto, mas insistiu em manter a mudança. Diante do impasse, o subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Dr. Francisco Gérson Marques de Lima, suspendeu a audiência e pediu para que o Banco do Brasil elabore uma Nota Explicativa sobre o ponto suprimido.

A continuação da audiência foi agendada para o dia 27, às 14h30. De acordo com a Contraf-CUT, até a nova data, o banco deverá propor uma reunião com a entidade para tratar dos aspectos da Nota Explicativa.

Bauru

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região também denunciou, no dia 7, ao MPT a alteração no protocolo de segurança do BB. Além de ressaltar que a medida expõe os trabalhadores e clientes ao risco de contágio, o Sindicato denunciou a retomada das visitas aos clientes PJ (Pessoa Jurídica) do banco – média de 70 visitas por carteira.

 

 

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