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Seis trabalhadores vivem situação análoga à escravidão em agência do Banco do Brasil no Paraná

06/12/2021

Bancos: Banco do Brasil

Foto: Arquivo pessoal

Seis trabalhadores da área da construção civil que foram contratados para reformar uma agência do Banco do Brasil destruída após um assalto, em Cambará, no Paraná, estão vivendo em situação análoga à escravidão, segundo os advogados de defesa.

De acordo com os advogados Leonardo Pimenta Aguiar e Rodolfo Luiz Pereira, os funcionários trabalham durante o dia e dormem no banco durante a noite, desde outubro. Além disso, eles não receberam salário e, por isso, estão com dificuldades para conseguir alimentação e para voltar para casa, em Curitiba.

“Nós estamos há cinco dias sem comer. Hoje que a gente recebeu uma doação para poder comer, estamos dormindo no chão. O banheiro nosso foi improvisado. Eu tenho três filhas, sou casado, estou há um mês e meio sem pagamento. Falar para você, estou sem saber o que fazer”, disse um dos trabalhadores.

Segundo um dos trabalhadores, o Banco do Brasil rompeu o contrato com a empreiteira responsável pela reforma há pelo menos duas semanas. Desde então, não há mais o que fazer dentro da agência, apenas pequenos serviços.

No dia 2, a pedido da gerencia do banco, a Polícia Militar (PM) foi até a agência para retirar os seis trabalhadores, mas eles não aceitaram sair. “Por mais que a situação deles fosse degradante no ambiente que eles estavam lá, ainda assim, a outra possibilidade seria pior, porque seria a rua”, explicou o advogado.

A defesa também afirmou que a Justiça será acionada para que os trabalhadores tenham os direitos respeitados. “Deixamos claro para o jurídico do Banco do Brasil que ainda que eles prestem esse pequeno auxílio para retirar eles de lá, já deixamos claro que vamos processá-los e colocar o Banco do Brasil no colo passivo dessa demanda por ser plenamente responsável pelo direito trabalhista deles não pagos e pelo dano existencial ou moral por esse ato ilícito da situação análoga à escravidão”, explicou o advogado Leonardo Pimenta.

O BB e a empreiteira responsável pela obra foram procurados pela rede de televisão RPC para comentar sobre o caso, mas não houve resposta de ambos.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a omissão do Banco do Brasil diante desse caso é inadmissível. Submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão é CRIME!

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