Na terça-feira (3), o Bradesco anunciou lucro líquido de R$ 12,127 bilhões no primeiro semestre, 76,1% maior que o do mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido recorrente, que desconsidera eventos extraordinários, foi de R$ 12,834 bilhões, 68,3% maior.
Como o índice de inadimplência superior a 90 dias caiu (de 3% para 2,5%), as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) também caíram (-42,7%), tendo somado R$ 9,234 bilhões entre janeiro e junho.
Ao fim de junho, o Bradesco contava com 2.823 agências, 3.880 postos de atendimento (PAs), 795 postos de atendimento eletrônicos (PAEs) e 877 unidades de negócios. Na comparação com junho de 2021, o banco fechou 999 agências, 144 PAs e 82 PAEs, tendo aberto 601 unidades de negócios.
Quanto ao número de funcionários, o Bradesco fechou 9.425 postos de trabalho em 12 meses: em junho de 2020, contava com 96.787 funcionários, e com 87.362 em junho último. O número de “contratados e estagiários” manteve-se estável: eles eram 14.284 em junho do ano passado e, 12 meses depois, eram 14.285. Enquanto isso, o número de clientes cresceu de 69,5 milhões para 71,2 milhões.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a brutal redução do número de funcionários, ao mesmo tempo em que o número de clientes só cresce, é sinal de aumento da sobrecarga de trabalho, que, por sua vez, é sinal de adoecimento, físico e mental. O Bradesco precisa investir parte de seus lucros bilionários para gerar empregos, e não o contrário.
