Com base em “duas fontes a par do assunto”, no dia 13 a agência de notícias Reuters informou que “o Itaú iniciou um plano para fechar até 400 agências no país”. O número representa 9,5% das unidades físicas do banco, que ao fim de março tinha 3.527 agências e 691 postos de atendimento (PABs).
Consultado pela reportagem, o Itaú afirmou que “a redução do número de unidades físicas é um movimento de reposicionamento da rede de agências, coerente com as novas necessidades dos clientes e o aumento da procura por atendimento em outros canais como internet, celular e agências digitais”. Ao fim de março, o banco tinha 195 agências digitais, 35 a mais que em março de 2018 (ampliação de 21,9%).
Segundo uma das fontes, o banco tem “indicado que deve aproveitar parte dos funcionários nas agências digitais”, nas quais os clientes são atendidos de forma remota, por meio da qual conseguem atender a um número maior de clientes.
Em Bauru, no início de maio, o banco já fechou a agência Duque, que ficava na quadra 20 da avenida Duque de Caxias. Na ocasião, o banco afirmou que aproveitaria todos os funcionários. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região está acompanhando a mudança.
“O Itaú, com a migração digital, ignora os milhões de brasileiros que precisam do sistema bancário e não têm acesso à internet, o que é uma forma de elitização”, afirma Débora Amaral, funcionária do Itaú e diretora do Sindicato.