Enquanto o desemprego no Brasil registrou queda de 5,8% no segundo trimestre de 2025, atingindo menor índice da série histórica, o Bradesco segue na contramão. Na semanada passada, duas trabalhadoras foram demitidas imotivadamente, sendo uma em Bauru e outra em Gália.
Bauru
A bancária demitida em Bauru trabalhava há oito anos na instituição. O desligamento ocorreu na agência localizada na região central, na Ezequiel Ramos.
Atualmente, essa unidade concentra o maior número de clientes na cidade, após incorporar as carteiras das agências dos bairros Bela Vista e Duque de Caxias, fechadas em 2024 e 2023, respectivamente. Mesmo com um quadro de funcionários considerado expressivo, os clientes ainda enfrentam longas filas para atendimento, o que evidencia a importância de preservar postos de trabalho, em vez de eliminá-los.
Além disso, esse quadro terá redução a partir de 1º de setembro, já que, segundo o banco, aproximadamente metade dos funcionários do Prime – que estão atuando na Ezequiel desde o início da reforma do prédio da praça Portugal – irão trabalhar na agência de alta renda “Bradesco Principal”.
Gália
Inacreditavelmente, poucos dias depois do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizar um ato em Gália contra a demissão do gerente geral, o Bradesco tirou o emprego de mais uma pessoa: uma gerente administrativa que tinha quase 10 anos de banco e está em tratamento médico por conta de burnout.
A síndrome de burnout, também conhecida como esgotamento profissional, é um distúrbio emocional que surge em resposta ao estresse crônico no ambiente de trabalho.
Desvio de função
Apesar de atuar como gerente, a bancária também era obrigada a realizar transações financeiras e atender clientes no caixa, funções diferentes daquelas para as quais foi contratada.
O Sindicato já está oferecendo apoio jurídico à trabalhadora e irá buscar na Justiça sua reintegração e demais direitos que foram usurpados pelo banco.
Desserviço
A agência de Gália conta agora com apenas dois funcionários para atender toda demanda. Para a entidade, a conduta do Bradesco é um verdadeiro desserviço, afinal, quando um banco reduz o número de funcionários, especialmente nos setores de atendimento ao público, os demais trabalhadores ficam sobrecarregados e o tempo de espera para clientes e usuários aumenta. Ou seja, insatisfação generalizada!

Agência da Ezequiel, em Bauru, estava lotada e com longas filas no dia em que uma das bancárias foi demitida

Após demissão de GG, diretores do Sindicato realizaram ato em Gália. Poucos dias depois, banco demitiu mais uma trabalhadora. Inacreditável!