Bancários de uma agência do Itaú, localizada na Zona Leste de São Paulo, capital, tiveram de enfrentar uma situação tensa, após sofrer ameaças e ofensas racistas por parte de um cliente, no mês passado.
Ele foi até o local nervoso com o intuito de reclamar do funcionamento de um título de capitalização do banco e perdeu ainda mais a compostura, quando um trabalhador pediu seus dados pessoais para verificar no sistema o que havia acontecido. De modo agressivo, o mesmo começou a ameaçar funcionários e clientes, dizendo coisas como: “vou tirar esse sorrisinho da sua boca” e “sou bandidão e gosto de roubar clientes como essa aqui”, se dirigindo para uma senhora de idade que estava na fila do atendimento.
Apesar de terem acionado o botão de pânico da agência, os trabalhadores tiveram de esperar por mais de uma hora até que a Polícia Militar chegasse até o local. Neste momento, o agressor já havia se evadido da agência.
Quando a denúncia da agressão chegou até os gestores do Itaú, a devolutiva foi que seria enviado um agente à paisana por 15 dias para evitar que o mesmo infrator voltasse a prejudicar o andamento do trabalho na agência.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a medida é completamente insatisfatória, visto que o problema principal está no fato da agência não ter porta-giratória ou vigilantes preparados para coibir esse tipo de crime nos bancos. Algo recorrente diante do modelo do Espaço Itaú de Negócios, que apesar de possuir caixas eletrônicos, não conta com segurança adequada para garantir tranquilidade para bancários trabalharem e clientes serem atendidos.
Em relação ao caso de racismo, infelizmente, a bancária preferiu não registrar boletim de ocorrência, o que dificulta a punição do criminoso.