No último dia 14 de maio, o banco Mercantil divulgou o balanço de suas atividades no 1º trimestre de 2025: mais um lucro líquido recorde, desta vez de R$ 241 milhões. O valor é 46% maior que o do mesmo período do ano passado.
De acordo com os dados apresentados, somente o crédito consignado movimentou R$ 4, 8 bilhões nos primeiros três meses deste ano. O banco também se orgulha de ter realizado, neste tempo, cerca de 78% de suas operações por meio de canais digitais.
Desde o final de 2022, todos os balanços trimestrais apresentaram resultados recordes, chegando agora ao décimo período consecutivo de lucro acima de lucro. Ou seja, não há justificativa para que os reajustes dos funcionários do banco não sejam compatíveis com todo este crescimento.
Contraponto
Parte de todo esse lucro é resultado direto das economias que o Mercantil tem feito, como a retirada dos vigilantes armados dos seus postos de atendimentos.
No entanto, a medida tem gerado problemas para os trabalhadores do banco. No último dia 08 de abril, por exemplo, na cidade de Arapiraca, no estado de Alagoas, a falta de segurança proporcionou que um cliente descontente com os serviços do Mercantil, cometesse um ato de violência contra os trabalhadores do local.
Após uma discussão no local, o homem pegou dois galões de gasolina e ateou fogo no Posto de Atendimento Avançado (PAA) do Mercantil. Mesmo sem vítimas, o ocorrido gerou pânico e trauma para os bancários e clientes. Algo que poderia ter sido evitado, caso uma parcelo do lucro do banco fosse reinvestido em segurança.
Em Bauru, nos dias de pagamentos dos aposentados, as filas e o tempo de espera para os atendimentos estão cada vez maiores. Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, passou da hora dos trabalhadores do banco serem reconhecidos e valorizados por estes resultados.