No próximo dia 29 está prevista a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade. De acordo com estimativas do mercado a operação pode resultar em cerca de R$ 5 bilhões.

Desde o anúncio da oferta, a direção do banco demonstra receio de faltarem compradores externos, por isso, tem assediado moralmente os funcionários, pressionando-os com a venda das ações e até mesmo incentivando esses empregados a comprarem os títulos.

Somente em 2020, a Caixa Seguridade registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,8 bilhão, um crescimento de 5,2% em comparação com 2019, de acordo com dados do balanço. Já no quarto trimestre, o faturamento alcançou R$ 12,6 bilhões, aumento de 33,2% frente ao mesmo período do ano anterior, superando o resultado do terceiro trimestre e registrando novo recorde.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a venda das ações da Caixa Seguridade é mais uma ação do governo Bolsonaro para acelerar a privatização do banco público. Em menos de três anos, a Caixa Seguridade lucrou o equivalente ao valor que será adquirido com a venda destas operações. Ou seja, Bolsonaro vai entregar a preço de banana, um dos ativos mais lucrativos do banco. Inaceitável!

Além disso, é um absurdo que a direção do banco esteja pressionando excessivamente os funcionários para que atinjam a meta de venda das ações – em plena pandemia de coronavírus, pagamento de auxílio emergencial, registros diários de aglomerações nas agências e sobrecarga de trabalho decorrente do quadro insuficiente de trabalhadores -, e incentivando-os a comprarem os títulos.

O Sindicato ressalta que o Departamento Jurídico da entidade está à disposição dos trabalhadores que têm sofrido assédio diante dessa situação. Trabalhador não é especulador! Diga não ao IPO da Caixa Seguridade! Denuncie: (14) 3102-7270.