O fechamento de agências na região segue causando transtornos aos bancários e clientes. Com o encerramento das atividades do Bradesco de Macatuba somado a incorporação da folha de pagamento da Frigol, a agência de Lençóis Paulista tem registrado superlotação e caos.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região esteve na agência nas últimas semanas e presenciou filas extensas, com mais de 60 clientes aguardando atendimento. A situação era generalizada: clientes irritados e insatisfeitos, e funcionários sobrecarregados pela alta demanda e pelo acúmulo de funções.
Falta de planejamento
A crise era previsível e poderia ter sido evitada, mas não houve qualquer planejamento por parte do banco. Embora o Bradesco não seja mais responsável pela folha de pagamento da Prefeitura, muitos servidores municipais continuam como correntistas. Ao assumir a folha de cerca de 1.500 funcionários da Frigol, uma das maiores empresas do setor frigorífico no país, ele negligenciou a necessidade de reforçar o quadro de funcionários e adotar um plano de contingência, evitando fluxo intenso e contínuo.
As consequências recaem, principalmente, sobre os bancários, que pagam o preço mais alto, lidando com sobrecarga, estresse e agressões verbais.
Demissões
Após a perda da folha salarial da Prefeitura, o banco realizou algumas demissões e não repôs todas as vagas. O último desligamento ocorreu há cerca de 15 dias. O Sindicato já está cobrando que esses postos de trabalho sejam prontamente reocupados.
Para a entidade, é inadmissível que um banco que registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025 mantenha tamanha desorganização e insista nessa política nociva de fechamento e de demissões. Nos últimos 12 meses, o Bradesco fechou 296 agências, enquanto sua base de clientes saltou de 72,9 milhões para 74 milhões.

A agência de Lençóis Paulista tem ficado tão lotada que já não oferece condições mínimas de atendimento, muito menos de trabalho. Clientes e bancários ficam espremidos, sem espaço para circular

