O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região está sendo procurado por funcionários do Banco do Brasil preocupados com a informação de que em outubro o banco vai descontar do salário as horas negativas de quem foi afastado das agências e não foi encaixado no home office em abril, nos primeiros dias da quarentena.

Ontem, 24, Michele Montilha e Priscila Rodrigues (foto), diretoras do Sindicato, tiveram uma reunião com um gerente da PSO Bauru, Fábio Sampaio, que confirmou a informação.

O Sindicato, então, entrou em contato com a Gepes, que pediu para a entidade retomar as discussões sobre o acordo aditivo das horas negativas.

É importante lembrar que o Sindicato estava pronto para realizar, em 30 de julho, a assembleia sobre o aditivo. No entanto, adiou a deliberação depois que o BB começou a convocar para o trabalho presencial os funcionários que coabitavam com pessoas do grupo de risco da Covid-19, desrespeitando acordos individuais firmados com eles.

Na ocasião, o Sindicato apresentou notificação extrajudicial ao BB e, também, uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho. Foi depois disso que suspendeu a assembleia. No entendimento da entidade, não havia motivo para assinar um acordo com o BB se o banco estava demonstrando que não cumpria o acordado com os funcionários.

Mas, agora, para evitar prejuízo aos bancários, o Sindicato vai reagendar a assembleia para discussão e deliberação sobre o acordo aditivo de horas negativas.