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Sindicato realiza hoje, dia 30, palestra sobre doenças derivadas do trabalho

Casos de adoecimento e suicídios aumentam devido às condições de trabalho nas agências

30/07/2019

O Sindicato dos Bancários de Bauru realiza hoje, dia 30, às 18 horas, uma palestra sobre doenças ocupacionais, com a psicóloga Alessandra Scapin.
Alessandra é formada em Psicologia, com mestrado em Educação, e pesquisadora cadastrada no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

A palestra abordará como o mundo do trabalho contemporâneo afeta o dia a dia do trabalhador e apresentará estudos específicos sobre a categoria bancária (principais doenças, diagnósticos e tratamentos). Após a apresentação, haverá um debate com espaço para dúvidas e comentários.

Segundo dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o número de bancários afastados por doenças cresceu substancialmente entre 2009 e 2017.

Em 2009, o total de trabalhadores que tiveram benefícios acidentário ou previdenciário foi de 13.297. Oito anos depois, 17.310 tiveram de se afastar do trabalho por conta de enfermidades, ou seja, o número de bancários aumentou em 30%.

Adoecimento

Mais de 50% dos casos de adoecimento na categoria bancária referem-se a transtornos mentais (aumento de 61,5%) e enfermidades relacionadas a lesões por esforço repetitivo (crescimento de 13%).

Para o Sindicato esses dados são alarmantes e, infelizmente, previsíveis. Ao longo dos anos, as condições de trabalho em que os bancários são expostos têm piorado drasticamente. Assédio moral, cobrança de metas abusivas, sobrecarga de trabalho, descomissionamentos, reestruturações e falta de funcionários são os principais fatores que desencadeiam doenças ocupacionais na categoria, como a Depressão, a Síndrome de Burnout, Transtorno de Ansiedade Generalizada, Síndrome do Pânico, entre outras.

Vale lembrar que o número de bancários adoecidos é ainda maior do que esses expostos, já que muitos trabalhadores não tiveram o benefício previdenciário concedido pelo INSS, ou ainda não buscaram ajuda.

Suicídio

De acordo com um estudo realizado por Marcelo Finazzi, mestre em administração de empresas pela Universidade de Brasília (UnB), a partir de informações do Ministério da Saúde, foi registrado um suicídio de bancário a cada 20 dias entre 1993 e 2005. Além disso, estima-se que houve uma ocorrência diária de tentativa, não consumada, durante todo o período.

Passados 14 anos desse estudo, os casos de suicídio de bancários embora muitas vezes ocultados, continuam em uma crescente. Só nos últimos quinze dias um bancário do Banrisul e outro do Banco do Brasil se suicidaram. No caso do bancário do BB a morte ocorreu dentro do prédio da Previ.

Também na semana passada, um vigilante da Embrasil Segurança cometeu suicídio dentro da agência do Itaú onde trabalhava, em São Paulo. Suicídios de vigilantes também se tornaram comuns, já que as condições de trabalho dos vigilantes também estão precarizadas, devido a falta de investimentos em segurança, jornadas extenuantes e ameaças de demissão.

Para o Sindicato, os bancos precisam urgentemente humanizar suas relações com os trabalhadores. A prevenção ao suicídio e ao adoecimento da categoria precisa ser parte da gestão. Não são números que estão em jogo, mas sim vidas.

O Sindicato está na luta pela saúde física e mental dos bancários. Participem!

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