SEEB Bauru

Sindicato dos Bancários e Financiários
de Bauru e Região

CSP

Notícias

Sindicato na luta contra a reforma da Previdência de Bolsonaro

04/12/2018

Bancos: Santander

Na terça-feira, dia 4, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região fez um ato contra a reforma da Previdência que o presidente eleito Jair Bolsonaro pretende aprovar durante seu mandato. O protesto aconteceu no Centro de Bauru, em frente à principal agência do Santander, na quadra 6 da rua Rio Branco. Com o apoio do caminhão de som, os diretores da entidade distribuíram um boletim especial da CSP-Conlutas sobre a reforma.

Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, disse na segunda-feira, 3, que, “se Deus quiser”, a aprovação da reforma ocorrerá já no primeiro ano do governo.

O discurso é o mesmo de Michel Temer, de que “a Previdência está quebrada”, ou de que “se não houver a reforma, a Previdência quebra”. No entanto, para o Sindicato, que é filiado à CSP-Conlutas, o discurso é falso.

De acordo com a Constituição Federal, o saldo da Seguridade Social, que inclui a Previdência, a Saúde e a Assistência Social, é superavitário, e não deficitário. Em outras palavras, o orçamento da Seguridade Social consegue dar conta das despesas da Previdência.

A reforma de Bolsonaro
A proposta do presidente eleito deve partir da proposta já apresentada por Temer, o que inclui o aumento da idade mínima para aposentadoria integral (65 anos para homens e 60 para mulheres) e o aumento do tempo de contribuição.

Além disso, Bolsonaro propõe o chamado “modelo de capitalização”. Esse regime, na prática, é a privatização da Previdência, que deixa de ser social e pública para ser administrada por empresas privadas.

O boletim da CSP-Conlutas explica: “Como num plano de saúde, o trabalhador contribui individualmente. O governo não contribui, nem as empresas.”

O material distribuído pelo Sindicato ainda deixa claro que esse modelo é um desastre. “No Chile, Colômbia e México, esse tipo de reforma causou uma tragédia social, pois os aposentados recebem menos que um salário mínimo e sofrem calotes dos fundos de pensão”.

A equipe de Bolsonaro estuda também outras propostas, como a de Armínio Fraga, presidente do Banco Central no governo FHC, que inclui a desvinculação do benefício previdenciário do salário mínimo e o fim do caráter de assistência social da Previdência (para futuramente acabar com esses direitos). Propõe, ainda, o fim do BPC (Benefício de Prestação Continuada), equivalente a um salário mínimo pago a idosos de baixa renda, e sua substituição por um benefício a todos os idosos com idade acima de 65 anos, mas com valor a partir do Bolsa Família e inferior ao salário mínimo.

Como sempre, somente a luta poderá derrotar mais esse ataque aos trabalhadores.

Veja todas as fotos do protesto, clique aqui.

Notícias Relacionadas

Justiça determina que Santander reduza mensalidade do plano de saúde dos aposentados

Santander 22/09/2023

Sindicato vence ação e Santander está proibido de convocar seus funcionários para trabalharem aos sábados

Santander 15/09/2023

Santander paga PLR no dia 29; Confira as demais datas de pagamento

Santander 13/09/2023

Newsletter