Uma bancária do Santander acaba de conquistar uma importante vitória na justiça. É que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou o banco, por unanimidade, a pagar R$ 60 mil a título de indenização para a trabalhadora que, após ser feita refém durante assalto a sua agência, começou a apresentar quadro de depressão severa.
O fato ocorreu em setembro de 2006, em unidade situada na Vila Prudente, zone leste de São Paulo. Naquela ocasião, o Santander foi alvo de assalto que envolveu sete criminosos fortemente armados, que portavam credenciais da polícia militar. Eles renderam seguranças, funcionários e clientes, obrigando todos a ficarem deitados no chão. A trabalhadora em questão, além de ter seus pertences pessoais levados, ainda ficou por cerca de meia hora refém dos assaltantes.
Depois da ocorrência, a bancária nunca mais conseguiu superar o trauma e sofreu de síndrome depressiva. Felizmente, um tempo depois, entrou na justiça e o processo resultou na condenação do Santander.
Na sentença, o relator apontou que já existe jurisprudência do TST declarando que a atividade bancária é de grande risco. Sendo assim, o empregador foi responsabilizado de forma objetiva, já que os assaltos aos bancos são potencialmente esperados e a depressão da trabalhadora foi considerada como doença decorrente de sua atividade profissional.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a ganância do Santander e outros bancos estão levando seus trabalhadores a níveis de estresse cada vez maiores. Uma vez que, para potencializar seus lucros, eles constantemente estão promovendo economias injustificadas, tais como, a retirada de portas giratórias e seguranças de suas agências.