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Respeito e apoio à luta contra a LGBTfobia

18/05/2021

Crédito: Freepik

Ontem, dia 17 de maio, foi celebrado o Dia Internacional contra a LGBTfobia, uma data para celebrar a diversidade e, principalmente, de luta contra o preconceito e a violência às lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Há 31 anos, na mesma data, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), uma conquista de extrema importância para milhares de pessoas que sofrem todo tipo de opressão e discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero.  Já a transexualidade, só deixou de ser classificada como doença pela OMS em junho de 2018.

Apesar desses avanços, a homossexualidade ainda é criminalizada em 70 países, com casos de prisão e até pena de morte. No Brasil, o número de assassinatos de LGBTs é o maior em todo o mundo. De acordo com levantamento realizado pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), em 2020 foram assassinados, pelo menos, 237 LGBTs. Contudo, por conta da alta subnotificação de casos, esse número pode ser bem maior do que o apresentado na pesquisa.

Além disso, segundo a organização, no mesmo ano, pela primeira vez, as travestis ultrapassaram as gays em número de mortes: 161 (70%) vítimas eram travestis e mulheres trans, 51 homens gays, 10 lésbicas, três homens trans e três bissexuais.

Em 2019, uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) equiparou a LGBTfobia ao crime de racismo. Com a decisão, o Brasil se tornou o 43º país a criminalizar a homofobia, segundo o relatório “Homofobia Patrocinada pelo Estado”, elaborado pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (Ilga). No entanto, a tipificação ainda não foi adotada de forma abrangente pelos órgãos de segurança pública do país e ainda não há divulgação consistente de dados oficiais.

Pandemia

A população LGBT, que antes da pandemia de coronavírus já sofria com a violência e passava por dificuldades em relação à emprego formal e à falta de acesso à saúde e educação, tem sofrido duramente com as consequências da crise sanitária e econômica. De acordo com o último relatório do Setorial LGBT da CSP-Conlutas, as pessoas transexuais tiveram dificuldade de conseguir o auxílio emergencial em 2020, mesmo realizando o cadastro. Há diversos relatos de mulheres e homens trans que tiveram o auxílio negado e foram vítimas de desrespeito e discriminação com seu nome social, apesar do uso ser garantido por lei.

Segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), durante a pandemia, o número de pessoas transexuais violentadas aumentou 70%, em comparação ao mesmo período no ano de 2019.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a luta da população LGBT precisa ser respeitada e defendida por todos os brasileiros. Entretanto, com o país sendo governado por Bolsonaro, um homem machista, preconceituoso e conservador, que incentiva o discurso de ódio e ataques contra pautas da diversidade, essa luta se torna ainda mais difícil.

Todo respeito e solidariedade à população LGBT!

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