Dia após dia a toxicidade da reforma da Previdência do governo Bolsonaro vai ficando mais assustadora. Dentre tantos ataques aos direitos dos trabalhadores está a retirada da regra que determina reposição da inflação para os benefícios acima do salário mínimo pagos a aposentados e pensionistas da iniciativa privada e do setor público.
Essa regra está atualmente em dois trechos da Constituição que têm a mesma redação e determinam: “É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real”.
Hoje, a legislação cumpre a exigência da Constituição e assegura a reposição pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Em 2018, o INPC variou 3,43%.
Na proposta apresentada pelo governo Bolsonaro no último dia 20, o termo “valor real” é excluído em ambos os trechos, do que trata do reajuste de benefícios dos servidores e também do dedicado ao reajuste de benefícios dos trabalhadores da iniciativa privada. Em ambos os casos, a nova proposta da reforma da Previdência joga a definição das regras de reajuste para uma lei complementar que ainda nem existe.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, retirar essa regra da Constituição é imoral! O governo Bolsonaro está nitidamente tentando aprovar a reforma sem definir as regras de reajuste de aposentadoria e pensão pela inflação, pelo simples motivo de ser muito mais fácil aprovar e mudar uma lei complementar, que demanda menos votos que a PEC da Previdência.
É importante frisar que quando uma regra é retirada da Constituição, ela deixa de ser política de Estado e passa a ser política de governo. Ou seja, depois da reforma ser aprovada, o governo terá liberdade de decidir como e quando repor aposentadorias e pensões.
Sem a preservação do aumento real os aposentados e pensionistas não terão certeza alguma se irão receber um reajuste digno. Isso é um absurdo!
DIGA NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA! CHEGA DE RETIRAR OS DIREITOS DO POVO! VAMOS À LUTA!