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Presidente da Caixa ameaçou bancos privados de perderem negócios com o governo caso assinem manifesto da Fiesp

01/09/2021

Foto: Marcos Corrêa / PR

Uma reportagem publicada pelo jornal O Globo nessa terça-feira (31) informa que “o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, capitaneou a resistência dos bancos públicos contra a adesão da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao manifesto de mais de 200 entidades pela harmonia entre os poderes que seria divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp, nesta terça-feira”. No último fim de semana, a Caixa e o Banco do Brasil ameaçaram deixar a entidade.

De acordo com a reportagem, que se baseia em relatos de seis pessoas envolvidas na crise, “Guimarães telefonou para presidentes de pelo menos duas instituições financeiras e sugeriu que eles poderiam ser excluídos de negócios com o governo — como mandatos para representação ofertas de títulos e ações de empresas públicas na Bolsa de Valores — caso assinassem o documento”.

Ainda segundo o jornal, “para reforçar o tom de intimidação, Guimarães ainda citou o Exército” dizendo que “os militares estão com Bolsonaro e não permitirão que ninguém da família do presidente seja preso, em caso de eventual ordem vinda do STF”.

O presidente da Caixa diz que a federação nunca tomou iniciativa parecida em sua história, e “nessas ocasiões, sempre menciona o fato de que a Febraban não se manifestou contra a corrupção revelada no caso do petrolão e ou sobre os prejuízos causados à Caixa durante o governo Dilma Rousseff”.

Pedro Guimarães também tem dito que “a Febraban está aparelhada por opositores de Bolsonaro e que não faz sentido participar de uma entidade que ataca formalmente o governo”.

A publicação do manifesto foi suspensa unilateralmente pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, depois de uma conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Skaf não comunicou previamente aos demais signatários do documento a sua decisão.

Pedro Guimarães e a assessoria do banco foram procurados pela reportagem, e ambos disseram que não vão se manifestar.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, porém, já se manifestou sobre o caso, nessa segunda-feira (30): “A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil são patrimônios do povo brasileiro e não podem continuar nas mãos chantagistas desse desgoverno!”

Para o Sindicato, a Febraban só está tomando partido desta vez por estar preocupada com a escalada autoritária do governo e com a ameaça de golpe no dia 7 de setembro, quando bolsonaristas afirmam que farão uma nova independência do Brasil. Basta!

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