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Precarização: 2,6 mil postos de trabalho no setor bancário foram eliminados no começo de 2023

25/05/2023

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O fechamento do primeiro trimestre de 2023 trouxe dados alarmantes sobre o nível de emprego nos bancos que atuam no Brasil. Segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com informações retiradas do Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ao todo, 2.662 vagas de trabalho foram eliminadas do setor bancário neste período.

Só no último mês de março, 1.474 vagas foram extintas dos bancos. Este foi o sexto mês seguido que o saldo de contratações de bancários foi menor que o número de contratados para atuarem nos bancos. As demissões ocorreram em mais de 1,5 mil cidades do país, mas a maioria delas se deu em municípios que abrigam centros administrativos dos bancos, como é o caso de Osasco e São Paulo. Um exemplo foi a sede do Bradesco em Osasco, que eliminou 400 postos de trabalho no período.

Dados detalhados

Com os desligamentos, a média salarial do bancário também tende a cair. Em média, os novos contratados ganham R$ 6,7 mil por mês, enquanto os trabalhadores que foram demitidos pelos bancos recebiam, em média, R$ 8 mil. Isto significa que, ao final de 2023, o lucro dos bancos também deve aumentar bastante em comparação com os resultados do ano passado.

O saldo positivo de contratações só ocorreu na faixa etária de trabalhadores com até 24 anos. No geral, houve fechamento de 1.743 vagas para bancários com idade a partir de 25 anos. Ao aprofundar a análise destes números é possível identificar que, a experiência e maturidade tem sido relegada pelos banqueiros.

Em relação ao fechamento de agências, entre dezembro de 2022 e março de 2023, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, juntos, fecharam quase 80 unidades.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, esses dados mostram que o combate à precarização nos bancos precisa ser intensificado. Apesar de representar 1% do empego formal no Brasil, a categoria bancária representa 24% dos afastamentos acidentários (B91) por doenças mentais e comportamentais no país. Ou seja, o adoecimento dos trabalhadores – consequência de todo enfraquecimento nos bancos – não pode ser normalizado.

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