Ontem (26), no Palácio do Alvorada, um dos apoiadores de Jair Bolsonaro disse que queria apresentar um plano de geração de empregos ao presidente. Em resposta à proposta, Bolsonaro questionou a possibilidade de gerar emprego “com uma CLT tão rígida assim”.
“Alguém é patrão aqui? Então você sabe o que é dificuldade, né. Como é que pode gerar emprego com uma CLT tão rígida dessa forma? E quando se fala em CLT, o pessoal se volta contra, ‘aí, quer acabar com direito’”, disse Bolsonaro.
Segundo dados divulgados no mesmo dia pelo Ministério do Trabalho e Previdência, no mês passado, foi registrada a abertura de 316.580 vagas de emprego com carteira assinada no país. O saldo foi resultado de 1,656 milhão de contratações e 1,339 milhão de desligamentos no mês, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Recorde de desemprego
O número de desempregados totalizou em 14,8 milhões, entre fevereiro e abril, conforme dados mais recentes divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no final de junho. Com o impacto da pandemia, a taxa de desemprego ficou em 14,7%, nível recorde no país, no trimestre encerrado em abril.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a declaração de Bolsonaro é medíocre. A falta de geração de empregos não é resultado da (CLT) Consolidação das Leis do Trabalho, mas sim da incompetência do presidente.
A CLT é uma grande conquista da classe trabalhadora e serve para garantir e proteger os direitos dos trabalhadores. Se ela não existisse ou fosse menos “rígida”, a precarização das relações de trabalho seriam uma constante, assim como a exploração e a informalidade.
Bolsonaro e seus aliados, como grandes empresários, não estão interessados em respeitar os direitos da classe trabalhadora, mas sim, os diminuírem e desvalorizarem a troco de benefícios próprios. É preciso resistir e lutar contra os ataques à CLT!