SEEB Bauru

Sindicato dos Bancários e Financiários
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Os bancários estão sendo atacados de todas as formas, e governos, banqueiros e pelegos sindicais são os inimigos a combater

Os bancários nunca puderam se proteger nesta pandemia. Muitos estão trabalhando sem parar, com ou sem lockdown, decretos ou 3 mil mortes por Covid-19 ao dia. O resultado é um aumento brutal nas contaminações, internações e mortes entre os bancários. Além disso, os PDVs nos bancos públicos e demissões sumárias nos privados retiraram dezenas de milhares de empregos.

O BB acaba de fechar (centenas) de agências no país, retirar a remuneração dos caixas, desligar mais de 5300 colegas via plano de demissão voluntária e está removendo centenas de trabalhadores de modo unilateral e cruel. Na Caixa, em poucos dias iniciará um novo calendário de pagamento de auxílios, e os bancários sofrerão novamente com abuso de horas-extras, trabalho aos sábados e superlotação em todas as agências. Nos bancos privados até agora se espera o reembolso dos custos acumulados para viabilizar o desempenho dos bancários que estão no trabalho remoto temporário e/ou permanente. E o mais grave, a Contraf CUT e seus  afiliados mentiram para a categoria quando afirmaram e publicaram na imprensa sindical que controlam, a falsa informação de acordo com a Fenaban que garantiria estabilidade no emprego para bancários de banco privado, durante  toda a duração da pandemia. Tudo isso e mais os problemas específicos de cada banco e de cada área, além do aprofundamento da enorme exploração dos banqueiros e do (des)governo Bolsonaro, onde os trabalhadores sofrem com o aumento do preço dos transportes, da alimentação, dos remédios, do gás, do aluguel; além da pandemia, que leva á morte os bancários, seus familiares e amigos.

Diante de tudo isso, a maioria do movimento sindical, ligada à Contraf-CUT, é sim, cúmplice (por ação e omissão) de todas estas atrocidades. Os banqueiros e Bolsonaro não conseguiriam impor seus ataques e degradação do nosso nível de vida se não fossem as sucessivas traições da (contraf cut e Contec), expressa nas mais diferentes correntes que as compõem. Esses pseudos representantes sindicais defenderam e assinarem, utilizando sempre os piores métodos,  péssimos acordos (bienais) nos últimos anos, deixando os patrões livres para reduzir dezenas de milhares de empregos, rebaixar salários e retirar direitos. Tudo do bom e do melhor para a banca.

Nada do que sofremos de mais grave (ataques aos planos de saúde, de previdência, demissões, congelamento salarial, retirada de ações, etc, etc), ocorreu sem a assinatura das burocracias da Contraf-CUT e da Contec. Esses “dirigentes sindicais”, amigos dos banqueiros, juntos com o (des)governo de plantão, são a 3ª parte deste monstro de 3 cabeças, inimigo dos bancários e dos conjunto da classe assalariada.

Oposição de verdade e no dia a dia

Os bancários precisam de um movimento por fora da Contraf-CUT e da Contec, entidades cada vez mais a serviço dos patrões. Infelizmente, além das denúncias de fraudes em eleições, golpes e falta de democracia em relação às oposições, os pelegos sindicais sabemos, se mantêm no poder a qualquer preço. Entendemos ser um desvio comprometedor, o ato de um setor qualquer que se coloca como oposição, mas não têm o menor constrangimento em aceitar estadia orgânica e inexpressiva dentro dos aparatos sindicais, negociados à revelia de toda a categoria. Entre nós inclusive, há os que defendem por outro lado, as Convenções Democráticas e sua proporcionalidade pelo voto. Entendemos que negociações de viés burocrático e fechadas, ao contrário do defendido, definitivamente não unifica a luta, pois não se soma à luta quem não quer lutar, e não o faz porque este não é seu projeto. Seu projeto de poder não é nem nunca será de caráter coletivo. Escondem mais das vezes intenções que não interessam aos trabalhadores. Já vimos isto no Ceará, no Rio e no RS. Em outros lugares, há fortes indícios que o mesmo ocorrerá, como em SP, onde já aconteceu no passado e foi altamente regressivo. Convidamos a quem veja isso como salutar, a rever o posicionamento.

Quando uma “oposição” aceita abrir mão de enfrentar a situação e adere a ela, em troca de algumas prerrogativas, ela não é mais oposição, e se torna na prática um grupo que adquire privilégios sob o argumento da “unidade pra lutar”. Entendemos que isto contribui para o status quo vigente. Abandono de uma trajetória, substituída por algumas prerrogativas que em nada beneficia a categoria. A categoria precisa dizer não a esta prática, da mesma forma que deve combater os encastelados há décadas na Contraf-CUT e seus sindicatos filiados.

A categoria bancária não irá vencer a luta contra a exploração, demissões, perda de conquistas, adoecimentos, suicídios e privatizações com tal estado de coisas. É preciso uma alternativa real de contraposição. E reconhecemos aqui a importância da luta de sindicatos não ligados à Contraf-CUT e Contec (Bauru, MA e RN) e das oposições combativas que estão na luta em vários locais do Brasil.

Defendemos a construção uma Greve por tempo indeterminado da categoria bancária, incluídos os bancários de bancos privados por condições dignas de trabalho e também contra a destruição do BB, Caixa, Basa, BNB, Banrisul, BRB, Banese. Pelo fechamento dos bancos durante lockdown nacional e garantias de condições de trabalho adequadas para abertura de qualquer agência/posto bancário. Que todos os empregados de grupos de risco ou coabitantes com grupos de risco permaneçam em home Office com todas as despesas decorrentes pagas pelos bancos. Até que todos estejam vacinados. Que os empregados da linha de frente tenham toda a proteção garantida, recebam adicional de risco de vida e todas as horas-extras sejam pagas com adicional de 100%. Que não haja trabalho aos sábados, domingos ou feriados, estabilidade no mínimo durante toda a pandemia e que sejam recontratados imediatamente todo o contingente de bancários demitidos durante a mesma.

É preciso levar estas reivindicações para as ruas, e deflagrar uma greve geral bancária! Também é fundamental unificar esta luta com os demais trabalhadores mobilizados, como entregadores e motoristas de aplicativos, caminhoneiros, petroleiros, professores, trabalhadores da Saúde e dos Correios. Junto com todo o funcionalismo público, em todos os níveis.

Assinam: Seeb RN, Seeb Bauru, Coletivos Bancários SP

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