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Onze indícios podem comprovar a omissão de Pazuello e da cúpula da Saúde no caso da falta de oxigênio em Manaus

11/03/2021

Bancos: Santander

Reprodução: Youtube/Jair Bolsonaro

Ao menos 11 indícios podem comprovar a omissão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e da cúpula do Ministério, no caso da falta de oxigênio nos hospitais em Manaus. Em janeiro, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a instauração de inquérito para investigar a atuação de Pazuello nesse colapso onde mais de 30 pessoas morreram, em apenas dois dias, por falta de oxigênio.

Os indícios estão em um relatório assinado pelo próprio ministro, em um documento da secretaria-executiva da pasta, em um plano de contingências montado para lidar com a crise no Amazonas, em relatórios de grupos independentes enviados ao estado e em e-mails e documentos da White Martins, empresa contratada pelo governo local para abastecer as unidades de saúde.

O jornal Folha de São Paulo, revelou no último domingo (7), que um diretor da White Martins enviou um e-mail, no dia 11 de janeiro, ao Ministério da Saúde solicitando “apoio logístico imediato” para transportar 350 cilindros de oxigênio gasoso, 28 tanques de oxigênio líquido, 7 isotanques e 11 carretas com o insumo a Manaus. O pedido não foi atendido em sua maior parte e três dias depois, o sistema colapsou e pacientes morreram asfixiados nos hospitais.

De acordo com a reportagem, as tratativas para tentar garantir o transporte se deram com o próprio ministro e com dois coronéis do Exército nomeados por Pazuello na secretaria-executiva.

Confira os 11 indícios divulgados pelo jornal:

  • E-mail da White Martins, em 11 de janeiro, pedindo a coronéis do Ministério da Saúde “apoio logístico imediato” para transporte de oxigênio;
  • E-mail da White Martins, em 7 de janeiro, apontando a escalada da escassez de oxigênio. Ministro disse que e-mail chegou no dia 8. Depois, gabinete mudou a versão. Mensagem só teria chegado três dias após o colapso;
  • Relatório de ações referentes ao período de 6 a 16 de janeiro, assinado pelo ministro, em que diz ter detectado “gravíssima situação dos estoques de oxigênio hospitalar em Manaus”, “logo no início do período”;
  • Visita de Pazuello a instalações da White Martins em Manaus;
  • Reunião do general e de coronéis do Ministério da Saúde com representantes da White Martins em Manaus;
  • Documento de diretor jurídico da White Martins ao MPF no Amazonas, em que aponta ter havido informação e registro da situação “junto às autoridades públicas que estão à frente da questão junto ao estado do Amazonas e ao governo federal”, além de “reuniões periódicas com comitê de crise do governo federal”;
  • Relatório do centro de operações da secretaria-executiva do ministério, referente a ações em 10 de janeiro, com registro sobre “prioridade zero” no suprimento de oxigênio aos hospitais;
  • Chamada telefônica da Secretaria da Saúde do Amazonas ao ministério pedindo ajuda com oxigênio;
  • Plano de contingência com registro de “estrangulamento” no fornecimento de oxigênio;
  • Constatação de uso inadequado de oxigênio por grupos independentes mandados ao Amazonas;
  • Relatórios da Força Nacional do SUS com registros da escalada da crise entre os dias 8 e 13 de janeiro, até o colapso no dia 14.

Previsão de vacinas reduzida

Na quarta-feira (10), Pazuello afirmou que o Brasil receberia, neste mês, de 22 a 25 milhões de doses de vacinas, “podendo chegar a 38 milhões”. A quantidade é menor do que a última previsão divulgada pelo Ministério da Saúde. A redução é a quarta só no mês de março.

Até agora, o país aplicou 9 milhões de doses de vacina – o equivalente a somente 11,7% da população em grupos prioritários. Só 3,1 milhões de pessoas receberam ambas as doses de algum imunizante.

No mesmo dia, enquanto o país registrava 2.349 vidas perdidas para a Covid-19 em apenas 24 horas, o ministro declarou que o sistema de saúde brasileiro “não colapsou, nem vai colapsar”. No entanto, prefeitos, governadores, secretários de Saúde municipais e estaduais e profissionais na linha de frente, contradizem a afirmação do ministro.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um boletim na terça-feira (9), afirmando que devido aos altos índices de ocupação de UTIs, 20 estados estão classificados na “zona de alerta crítico” e 13 têm 90% de ocupação.

O país soma até o momento, 270.917 vítimas pela doença e 11.205.972 infectados. Em Bauru, na quarta-feira, mais quatro pessoas morreram vítimas da Covid-19. Ao todo, 455 vidas foram interrompidas e 29.766 pessoas foram infectadas desde o início da pandemia.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o ministro Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro são os verdadeiros responsáveis pelo pior momento da pandemia em que os brasileiros estão vivendo há semanas. Se ambos não fossem incompetentes, irresponsáveis, omissos e negacionistas, medidas restritivas seriam impostas e respeitadas, a vacinação estaria avançando e a disseminação do coronavírus seria freada. A atuação de Pazuello e de Bolsonaro é genocida e precisa ser condenada!

Santander de Avaré e de Santa Cruz do Rio Pardo registram novos casos

A agência do Santander de Avaré foi fechada ontem (10), após a confirmação de um caso de coronavírus. Nesta quinta-feira (11), a agência do banco de Santa Cruz do Rio Pardo também foi fechada pelo mesmo motivo. O Sindicato está acompanhando os dois casos e espera que o banco cumpra devidamente os protocolos de segurança e higiene.

 

 

 

 

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