SEEB Bauru

Sindicato dos Bancários e Financiários
de Bauru e Região

CSP

Notícias

Mudanças do Santander já causaram três demissões em Bauru e Região

Mal começou a reestruturação das agências, em dois dias o banco demitiu três bancários

14/05/2019

Bancos: Santander

O Santander já começou a implementar em Bauru seu novo modelo de agência – agora chamada de “loja”. As mudanças começaram pela agência Altos da Cidade.

No aspecto físico da “loja”, o que mudou foi que as portas giratórias foram retiradas, as cadeiras foram substituídas por pufes e os terminais de autoatendimento tradicionais foram substituídos por uns mais modernos, que contam cédulas e efetivam o crédito na conta do cliente no mesmo momento – como se o depósito fosse feito na boca do caixa, e não por envelope.

Quanto ao aspecto humano, alguns dos caixas já foram nomeados “gerentes de negócios e serviços” (nenhum deles teve aumento salarial, mas, em compensação, passaram a ter metas). Aparentemente, ficaram de fora da “promoção” quem ainda não tem o CPA-10. O treinamento dos novos “gerentes” consistiu num curso online durante o expediente.

“O organograma tradicional deixa de existir. O caixa continua existindo, mas não é mais uma pessoa. Qualquer um pode voltar e fazer a autenticação se for necessário. É um pouco do que acontece em qualquer loja. Raramente você vê nas lojas a figura do caixa. Chamamos as estruturas de lojas – e não mais de agências – porque lá, apesar de não ser possível visualizar produtos, eles estão em prateleiras digitais. […] Teremos um empório de produtos”, afirmou Sergio Rial, presidente do Santander no Brasil e na América do Sul, em entrevista publicada pelo Estadão no dia 5.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região esteve na agência piloto onde o novo sistema começou a ser implementado e constatou que, na primeira semana da experiência, o tempo de fila chegou a uma hora e meia.

 

Paralisação
Como consequência da sua nova política, o Santander voltou a demitir em todo o Brasil. Na base sindical de Bauru, foram três dispensados, todos com muitos anos de serviços prestados ao banco.

Uma dessas demissões ocorreu na agência de Agudos, o que levou o Sindicato a paralisar a unidade até as 13 horas da última sexta-feira, dia 10 (veja foto acima).
A entidade utilizou o carro de som para denunciar a ganância do Santander, que lucrou R$ 12 bilhões em 2018 e R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Alexandre, diretor do Sindicato, protesta contra demissões

Esse lucro vem dos altos preços das tarifas cobradas dos clientes, que nos últimos 12 meses foram reajustadas em 19%, bem mais que a inflação do período. Por esse tipo de abuso, a filial brasileira do Santander responde por 26% do lucro mundial do grupo espanhol, e a relação receitas/tarifas x folha de pessoal é de 185,4%. Ou seja: não há nenhum motivo para o Santander demitir.

Reunião

Para tratar das demissões imotivadas, do novo modelo de agência do banco, das denúncias de cobrança de metas individuais por Whatsapp, além do problema dos vales refeição e alimentação (praticamente nenhum estabelecimentos aceita o novo vale em Bauru e Região), o Sindicato agendou uma reunião com o superintendente regional do banco para as 11 horas desta segunda-feira, dia 13.

O Santander vem passando dos limites em todo o Brasil. No dia 4, iniciou o processo de abertura de agências aos sábados (quase 30 foram abertas). Os bancários foram “convidados” para “um trabalho voluntário”, para ensinar os clientes a administrar suas economias. O trabalho aos sábados não está previsto na CCT dos bancários.

 

Notícias Relacionadas

Santander é condenado a pagar R$ 1,5 mi por negligenciar saúde mental dos funcionários

Santander 12/04/2024

QUEREMOS MAIS! Após intervenção do Sindicato, Santander de Piraju vai contratar mais um funcionário

Santander 03/04/2024

Santander é condenado a pagar gratificação especial por tempo de serviço a bancário demitido sem justa causa

Santander 28/03/2024

Newsletter