No último dia 9, a força-tarefa da Operação Greenfield informou ter protocolado denúncia criminal contra 29 ex-gestores dos fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia. A Greenfield, que investiga desvios nos fundos de pensão de estatais, foi deflagrada em setembro de 2016 pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal de Brasília.
Os ex-gestores são acusados de fraudes em investimentos desses fundos, que administram, respectivamente, os recursos de funcionários da Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Vale.
De acordo com os investigadores, as fraudes cometidas teriam causado um prejuízo já calculado em R$ 5,5 bilhões. Ainda segundo os procuradores, os acusados praticaram o crime de gestão temerária com aportes no Fundo de Investimentos e Participações Sondas, da empresa Sete Brasil. O MPF-DF pede uma reparação de R$ 16 bilhões.
“Foram ignorados os riscos dos investimentos, as diretrizes do mercado financeiro, do Conselho Monetário Nacional, dos próprios regimentos internos, bem como não foram realizados estudos de viabilidade sobre os aportes”, informou a nota emitida pela força-tarefa.
Assessor de Paulo Guedes
Entre os denunciados encontra-se Esteves Colnago, que foi ministro do Planejamento no governo de Michel Temer e, atualmente, é um dos assessores do ministro da Economia, Paulo Guedes. No começo do ano, Guedes escolheu Colnago para chefiar a assessoria de relação com o Congresso.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, as coisas podem piorar se a CVM aprovar a proposta da Previc de permitir que os fundos invistam em empresas fechadas. Se ocorreram fraudes com empresas abertas – que, em tese, são mais transparentes –, imagine com as empresas fechadas…