Em entrevista ao jornal Valor Econômico, no dia 28, Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação, afirmou que “a ideia de universidade para todos não existe” e que “as universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual”.
Para ele, o foco da atual gestão será no ensino técnico, pois os jovens precisam ser inseridos rapidamente no mercado de trabalho e não podem perder tempo estudando. Como exemplo, o ministro da Educação citou um advogado que virou motorista de Uber.
“Nada contra o Uber, mas esse cidadão poderia ter evitado perder seis anos estudando legislação”, diz.
Além dessas afirmações discriminatórias, o ministro da Educação também defendeu a continuidade do enxugamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), iniciado por Temer.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região essa posição do ministro da Educação é vergonhosa, revoltante e reproduz ainda mais a desigualdade. O ministro deveria apoiar, incentivar, ampliar e democratizar o acesso à educação superior no Brasil, que é extremamente inferior em comparação com quase todos os países da América Latina.
Vale lembrar que durante a campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro disse que os jovens brasileiros têm “tara” pelo diploma superior, e que seria melhor se muitos deles buscassem o ensino profissionalizante. Ou seja, está claro o descompromisso do novo governo com a educação do seu povo.
EDUCAÇÃO É DIREITO DE TODOS! CHEGA DE DESIGUALDADE!