A PEC da reforma da Previdência (Proposta de Emenda Constitucional nº 06/2019) recebeu mais de 220 emendas, mas, segundo uma reportagem publicada no dia 3 pelo site Brasil de Fato, “existe uma ‘tropa de choque’ leal ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que não mede esforços para aprovar o texto original da reforma.
Ainda de acordo com a reportagem, “em média, os componentes do batalhão especial do governo declararam um patrimônio de R$ 1,9 milhão à Justiça eleitoral e salários de R$ 33.700, cerca de 26 vezes mais que a média dos trabalhadores que são chamados de ‘privilegiados’ pelo governo – equivalente a R$ 1.300.”
Se tudo correr como estabelece o cronograma de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, a Comissão Especial que analisa a PEC deve ter um relatório pronto para votação até este sábado, dia 15.
Paulo Guedes
Já no dia 6, a Folha de S.Paulo publicou uma reportagem informando que “fundos de investimento em participações (FIPs) criados pelo ministro Paulo Guedes (Economia), ainda ativos no mercado, receberam do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e da Previ, entidade de previdência complementar de funcionários do Banco do Brasil, R$ 227,1 milhões em aportes de dezembro de 2013 a março deste ano”.
Guedes deixou a Bozano, gestora desses FIPs, logo após a eleição de Jair Bolsonaro, em outubro do ano passado, e a empresa mudou de nome, passando a se chamar Crescera.
“Estado mínimo para nós, Estado máximo para os defensores da reforma”, lembra Paulo Tonon, diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região.