No último domingo, dia 26, pessoas favoráveis ao governo Jair Bolsonaro foram às ruas. Vestidos com as cores da bandeira do Brasil, manifestantes entoaram o discurso do presidente, apoiando a reforma da Previdência, o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, alguns apoiando o fim do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), o contingenciamento de gastos, o decreto de armas, e o discurso de ódio à esquerda e ao “centrão”, que não tem concordado com as decisões e pautas do presidente e sua turma.
A manifestação, convocada primeiramente pelos filhos de Bolsonaro, soou familiar com o ato convocado por Fernando Collor em 16 de agosto de 1992 para defender o seu governo, atolado em corrupção. Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a convocação deste ato governista é uma tentativa desesperada de demonstração de força.
Desaprovação crescente
De acordo com uma pesquisa exclusiva da consultoria XP/Ipesp, realizada nos dias 20 e 21 de maio, em apenas cinco meses a desaprovação do governo Bolsonaro superou a aprovação: 36% da população considera a gestão do presidente “ruim ou péssima”, superando os 34% que avalia como “ótima ou boa”.
“Essa desaprovação não surpreende e surge da falta de propostas do governo, da repercussão negativa dos cortes na Educação e do aprofundamento da investigação de corrupção praticada pela dupla Queiróz e Flávio Bolsonaro, filho do presidente”, afirma Alexandre Morales, diretor do Sindicato.
Dia 30
Se falta apoio às manifestações pró-Bolsonaro, o mesmo não ocorre com as manifestações a favor da Educação. No dia 30, mais uma vez, será realizado um ato exigindo o repasse integral das verbas para a Educação. E mais uma vez o Sindicato estará presente no ato da capital paulista.
E em 14 de junho, dia da Greve Geral contra a reforma da Previdência, o Sindicato estará nas ruas organizando a paralisação da categoria e fortalecendo a luta contra a reforma.