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Lula demite Rita Serrano e entrega presidência da Caixa a Carlos Fernandes, indicado por Lira

30/10/2023

Bancos: Caixa Econômica Federal

Crédito: Redes Sociais / Rita Serrano

Após meses de pressão do centrão, Lula demitiu, no dia 25 de outubro, a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. Quem assumirá a gestão do banco público será o economista e funcionário de carreira Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).

Fernandes já foi diretor da Funcef, o fundo de pensão da Caixa, e integrou a secretaria-executiva do Ministério da Integração Nacional em 2012, quando o PP comandava a pasta. A mudança na presidência faz parte do combinado entre o governo e partidos do centrão no esforço de aumentar o apoio no Congresso. Parlamentares do centrão agora aguardam a “entrega” das 12 vice-presidências do banco público.

Misoginia
O presidente Lula já havia entregado o ministério do Turismo, que estava sob o comando de Daniela Carneiro, a Celso Sabino (União-PA), e o ministério do Esporte, que estava com Ana Moser, a André Fufuca (PP/MA). Ambos os homens também foram apadrinhados por Lira.

Nas redes sociais, Rita Serrano publicou uma carta se despedindo do comando da CEF. “Ser mulher em espaços de poder é algo sempre desafiador. Não foi fácil ver meu nome exposto durante meses à fio na imprensa. Espero deixar como legado a mensagem de que é preciso enfrentar a misoginia, de que é possível uma empregada de carreira ser presidente de um grande banco e entregar resultados, de que é possível ter um banco público eficiente e íntegro, de que é necessário e urgente pensar em outra forma de fazer política e ter relações humanizadas no trabalho”, declarou.

Vale lembrar que a igualdade e diversidade nos altos cargos era promessa de campanha de Lula.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a demissão de Rita é uma derrota, afinal, uma representante dos trabalhadores foi obrigada a deixar o comando do banco público para um integrante do centrão assumi-lo.

Analisando a gestão de Serrano, a entidade acredita que, em questão de combate ao assédio moral, houve mudanças significativas. No entanto, ainda há pontos fundamentais que não foram cumpridos. “Do discurso à prática existe uma distância. Realmente o tratamento mudou, a pressão por metas diminuiu bruscamente, mas as agências continuaram super lotadas e a falta de funcionários é extrema”, observou Alexandre Morales, diretor do Sindicato e bancário da Caixa.

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