A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e mais de dez sindicatos divulgaram uma nota de repúdio, no dia 10 de dezembro, às medidas adotadas pela atual direção do Banco do Brasil.
Na avaliação das entidades, as decisões da gestão atual representam um grave retrocesso, pois “atacam direitos históricos da categoria bancária (artigo 224 da CLT, CCT e ACT BB), precarizam as condições de trabalho e atendimento à população, adoecem o funcionalismo da instituição, com a prática de uma gestão temerária que trará danos irreparáveis ao Banco do Brasil, a seus trabalhadores e ao povo brasileiro, os verdadeiros donos do BB”.
A nota também afirma que a política de gestão adotada pelo banco dissemina um ambiente de intimidação, medo e pressão em todas as unidades da instituição. Esse cenário tem provocado um aumento significativo no adoecimento dos trabalhadores, com impactos graves na saúde física e mental.
O estabelecimento de metas abusivas e inalcançáveis, além do modelo de gestão baseado no desempenho individual e na competição interna, em prejuízo da coletividade, foram rechaçados. Segundo o texto, tais práticas fragilizam a cultura bicentenária do BB, historicamente voltada ao interesse público e ao desenvolvimento do país.
Governo Lula fora das críticas
Embora a nota critique a decisão da presidência e da vice-presidência do banco de promover mudanças nas estruturas das UEs e Ditec, que resultaram em descomissionamentos, o governo Lula foi poupado de críticas, apesar de ter sido responsável pela nomeação de Tarciana Medeiros para a presidência da instituição.
Para o Sindicato, é inaceitável que os ataques ao funcionalismo sigam sem responsabilização. A presidenta do Banco do Brasil e o presidente Lula têm responsabilidade direta e não podem se omitir diante de medidas que penalizam os trabalhadores. Exigimos decisões que defendam o funcionalismo e fortaleçam o BB em seu papel público! É inadmissível que uma gestão eleita para mudar os rumos do país adote políticas com práticas típicas de governos de direita.

