SEEB Bauru

Sindicato dos Bancários e Financiários
de Bauru e Região

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ELES NÃO QUEREM GREVE!

15/08/2022

Há quase dois meses a Contraf-CUT entregou a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2022 à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Mesmo após esse período e mais de seis mesas de negociação, há poucas novidades e conquistas para a categoria.

Com discussões mornas, os representantes dos trabalhadores (Contraf) têm aceitado a enrolação e migalhas dadas pelos banqueiros.

A verdade é que a Contraf não tem interesse na mobilização dos bancários porque, neste momento, está mais preocupada com a eleição presidencial que se aproxima. Já os banqueiros, se aproveitam disso para, aos poucos, retirarem a cultura de greve da categoria bancária.

Por mais que os banqueiros adotem o discurso de que uma agência paralisada pela greve não prejudica a instituição financeiramente, a insistência deles em abrir as agências de sábado e ampliar o horário de atendimento nos outros dias, mostra o contrário: o atendimento presencial ainda é mais do que o necessário.

Aumento da PLR
No dia 8, o movimento sindical e a Fenaban discutiram uma das principais reivindicações dos trabalhadores: o aumento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Contudo, os bancos não deram uma resposta ao fim da negociação.

Em 1995, os grandes bancos distribuíam cerca de 14% dos lucros a título de PLR. Ao longo dos anos, mesmo com reajustes nos valores, mudanças nos parâmetros e introdução da parcela adicional, esse percentual caiu ao longo dos anos.

Em 2021, nos três maiores bancos privados – Santander, Bradesco e Itaú – a média foi de 6,6%.

Discrepância
Desde 1997, o crescimento real do lucro dos bancos foi de 359%, enquanto o movimento sindical conquistou, no mesmo período, 126% de aumento para a PLR do cargo de caixa. Ou seja, os banqueiros embolsaram 2,85 vezes mais do que o valor da PLR.

Além de reivindicar o aumento da distribuição da PLR, o movimento sindical solicitou que os bancos discriminem nos holerites os valores pagos das regras próprias. Atualmente, os bancos não incluem nos demonstrativos os valores e os bancários ficam sem saber o que estão recebendo.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região destaca que na pauta de reinvindicações da campanha salarial da categoria, elaborada pela Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) e entregue pela entidade à Fenaban no início de julho, os trabalhadores reivindicam percentual de 25% do lucro líquido do banco, conforme o balanço publicado, devendo ser pago e distribuído de forma linear a todos os empregados.

Deflação

O Sindicato ressalta que por conta da deflação registrada em julho (0,68%), influenciada pela diminuição do preço dos combustíveis e da energia, o índice de reajuste da categoria será impactado, fato que fortalece ainda mais – junto ao momento de carestia dos alimentos – a reivindicação do aumento nos vales alimentação e refeição dos bancários. Ponto também já discutido em mesa de negociação, mas sem qualquer avanço.

As próximas negociações serão realizadas nos dias 15, 18 e 19 de agosto.

É preciso pressionar a Contraf-CUT a chamar assembleias em seus sindicatos, pois quem tem que definir se é hora ou não de fazer greve, são os próprios bancários!

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