Na noite do dia 3, 14 dos 16 municípios do Amapá, incluindo a capital, sofreram um apagão após um incêndio atingir a subestação de energia elétrica localizada na Zona Norte de Macapá.

A Gemini Energy, empresa privada responsável pela manutenção da subestação de Macapá, não tinha transformador reserva e foi socorrida pela Eletrobras, por meio da Eletronorte.

Com sistema de rodízio em ação devido ao apagão, a eletricidade era fornecida em turnos de 3 em 3 horas e de 4 em 4 horas, com mudanças a cada dia.

Infelizmente, após enfrentarem dias sem energia elétrica, a população teve o abastecimento de água prejudicado.  Assim, o caos e pânico tomou conta das cidades e de todos, principalmente dos mais pobres, que se depararam com seus alimentos estragando e com a alta nos preços diante da grande demanda por água. Garrafões de água, que antes giravam em torno de 3 a 6 reais a unidade, agora são vendidos por 20 a 30 reais.

Além disso, o rodízio do abastecimento aprofundou ainda mais a desigualdade, pois o restabelecimento parcial atendeu somente os bairros nobres, enquanto as periferias ficaram às escuras.

No dia 15, a energia foi restabelecida por completo durante o dia. Embora a luz tenha voltado no domingo em todo estado, o rodízio deve ser mantido ainda por tempo indeterminado.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região se solidariza com todas as famílias do Amapá e torce para que o apagão seja solucionado integralmente, sem a necessidade de rodízios.

Além disso, a entidade destaca a atuação fundamental da companhia pública Eletrobras, que socorreu o estado. A estatal está na mira do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou no começo do mês que ela deverá ser privatizada até o final de 2021.

Para o Sindicato, a privatização da Eletrobras trará consequências graves aos consumidores brasileiros, impactando, principalmente, a população mais pobre.

Não à privatização!