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Desafio ‘Vai que dá’, do Itaú, deve causar mais adoecimentos

Banco segue criando dificuldades para o atingimento de metas e pagamento de remuneração extra

22/08/2019

Bancos: Itaú

(Na foto: Em 2018, Sindicato fez um protesto para denunciar um caso de infarto dentro de uma agência do Itaú, banco 5 estrelas em adoecimentos)

Como se já não bastassem as metas do programa Agir (Ação Gerencial Itaú para Resultados), o Itaú está propondo mais um “desafio” aos seus empregados, o “Vai que dá”. Inicialmente, o desafio seria somente para gerentes operacionais e comerciais, mas, para o trimestre junho/julho/agosto, foi estendido a agentes de negócios, assistentes, caixas, supervisores e gerentes regionais.

No Agir, toda agência é avaliada em itens que, somados, devem resultar em 1 mil pontos ou mais. (Internamente, diz-se que esses mil pontos servem só para garantir o emprego; já para receberem remuneração extra, as agências devem alcançar entre 1.050 e 1.200 pontos.)

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região destaca que não é fácil atingir os 1.200 pontos, pois, para isso, é preciso bater 150% da meta em diversos itens. Portanto, se já é difícil alcançar os pontos do Agir, o “Vai que dá” trouxe ainda mais preocupação aos trabalhadores.

Nesse novo desafio, as agências devem atingir um patamar de pontos segundo seu porte: portes A, B e C (grande e médio porte) devem ter média trimestral de 3.600 pontos, D e E, média de 3.800 pontos, e G e F, média de 4.000 pontos. Os empregados das agências que conseguem atingir as novas metas são premiados com uma remuneração extra.

Esse sistema de avaliação está gerando discórdia entre os empregados, pois as agências de grande porte tendem a ter menos dificuldades na tentativa de cumprir o desafio, já que contam com mais recursos e maior número e fluxo de clientes. Assim, os funcionários de agências que precisam fazer entre 3.800 e 4.000 pontos estão frustrados, pois consideram o desafio uma missão impossível.

Outro complicador nesse desafio é que não basta alcançar os pontos determinados; também é preciso que nenhum funcionário da equipe tenha autuação no Sistema Qualidade de Vendas (SQV) – programa que, segundo o banco, tem como objetivo avaliar o comportamento das vendas realizadas pelos empregados. Se tiver alguma autuação, sua equipe torna-se inelegível ao prêmio, mesmo que as reclamações sejam improcedentes.

Para o Sindicato, o “Vai que dá” é mais um elemento de pressão sobre os bancários, que, obviamente, vai resultar em mais cobranças, mais estresse, mais adoecimentos e mais motivos para demissões sem justa causa. Basta de metas!

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