No dia 1º de dezembro, a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados realizou audiência pública para tratar da precarização das condições de trabalho no Banco do Brasil, resultante das sucessivas reestruturações, do fechamento de agências, da redução do número de funcionários e do aumento das metas.
A reunião foi presidida pela deputada federal Érika Kokay (PT-DF) e contou com a presença de diversos representantes dos trabalhadores. O BB, porém, não enviou sequer um representante.
Gestão por medo
Pesquisas apresentadas durante a audiência mostram que há uma gestão que se impõe pelo medo, em nível nacional, regional e local. Além da imposição de metas abusivas associadas a práticas de assédio moral, o atual desmonte da gestão de pessoas, decorrente da adoção de tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA) e do avanço da terceirização, também foi apontado como um importante fator de adoecimento. Muitos trabalhadores temem perder seus comissionamentos e estão exaustos diante do volume crescente de cobranças. Esse contexto tem gerado um aumento expressivo dos casos de sofrimento psíquico, incluindo estresse, ansiedade, depressão e síndrome de burnout.
Qualidade em queda
O comprometimento da qualidade do serviço oferecido aos clientes, especialmente nas regiões mais afastadas ou com menor cobertura bancária, em razão do fechamento de unidades e da redução do número de funcionários também foi destacado.
A deputada Kokay propôs formar uma comissão de parlamentares e ir até Tarciana Medeiros, presidente do BB, para debater as questões apresentadas.
Essa audiência na Câmara reforça todas as denúncias que o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região tem feito. O BB está adoecendo seus funcionários como nunca antes em sua história!

