O Bradesco registrou lucro líquido recorrente, que exclui eventos extraordinários, de R$26,2 bilhões em 2021. O resultado apresenta alta de 34,7% em relação a 2020 e queda de 2,3% na comparação do 4º trimestre (R$ 6,613 bilhões) em relação ao trimestre anterior (R$ 6,767 bilhões).

Apesar do lucro bilionário, o banco fechou 2.301 postos de trabalho, encerrando o ano com 87,274 empregados. Somente no espaço de três meses do ano passado, foram foram fechados 452 postos de trabalho. Em 2021, foram encerradas ainda 448 agências, enquanto foram abertas e 273 unidades de negócio.

Novas demissões

Mesmo obtendo lucro bilionário em plena pandemia de coronavírus, o Bradesco continua demitindo sem justa causa funcionários que o ajudaram nessa conquista.

Nesta semana, duas bancárias foram demitidas injustamente. Uma delas, trabalhava há 24 anos no banco, em Bauru. Já a outra trabalhadora, tinha 4 anos de serviços prestados no Bradesco de Lençóis Paulista.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia a postura do Bradesco e já entrou em contato com a diretoria do banco, pedindo o cancelamento da demissão da trabalhadora de Lençóis, visto que o banco sequer realizou o exame demissional, que é obrigatório, exceto quando o exame periódico tenha ocorrido a menos de 135 dias.

Liminar

Na volta do recesso do Judiciário, a liminar conquistada pelo Sindicato, que previa a proibição de demissões no Bradesco durante a pandemia, infelizmente foi cassada. O Departamento Jurídico da entidade já entrou com recurso para reverter a decisão.

Durante os mais de três meses de vigência da liminar, o Bradesco ignorou a proibição e seguiu demitindo. Só em Bauru e região, foram mais de 50 demissões. Absurdo!