A Caixa Econômica Federal está bancando os honorários dos advogados de Pedro Guimarães, que defendem o ex-presidente do banco dos processos de assédio sexual praticados por ele contra diversas funcionárias.
As despesas são pagas através de um seguro, contratado pela própria instituição para cobrir eventuais gastos com processos, inclusive criminais, relacionados a atos de gestão de seus executivos ou ex-executivos.
De acordo com reportagem do jornal Metrópoles, que ouviu pessoas da cúpula do banco, os pagamentos de honorários já somam quase R$ 1 milhão. Questionada pelo jornal sobre detalhes do seguro fornecido a Guimarães, a CEF respondeu, em nota, apenas de maneira genérica.
“A Caixa possui apólice de seguro na forma prevista em seu estatuto, não sendo possível o fornecimento de informações individuais, considerando o sigilo aplicável à matéria”, afirmou. Além disso, disse que a apólice do seguro “prevê que eventuais valores disponibilizados a título de adiantamento sejam restituídos em caso de condenação por dolo ou culpa grave”.
Advogado também defende Marcius Melhem
O escritório de advocacia contratado por Pedro Guimarães é um dos mais requisitados do país na área criminal. Inclusive, o advogado que defende Guimarães também atua na defesa do ator e ex-diretor da TV Globo Marcius Melhem, acusado de assédio por atrizes e funcionárias da emissora. A informação é do Metrópoles.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, é um absurdo que a Caixa pague com dinheiro público a defesa de quem assediou diversas funcionárias.