Que ironia! A nova direção da Caixa Econômica Federal, que em meados de maio abriu mais um Programa de Demissão Voluntária (PDV), viu-se na situação de adiar os desligamentos dos empregados depois que Bolsonaro editou uma medida provisória liberando para saque parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O adiamento dos desligamentos é a confissão de dois problemas: a falta de planejamento do governo Bolsonaro e o quão escasso é o número de funcionários da Caixa. Tanto que, normalmente, suas agências estão sempre lotadas.
Com o adiamento dos desligamentos, muitos bancários que tinham aderido e que contavam com o dinheiro da indenização estão se sentindo verdadeiramente lesados. Empregados nessa situação podem procurar o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, que já tem pronta uma ação com esse teor. As ações serão individuais.
A entidade segue contra a realização de PDV na Caixa, afinal, sua função é o enxugamento de estatais para posterior privatização.
Abertura aos sábados
Ainda por causa do FGTS, a partir de setembro, a Caixa abrirá duas horas mais cedo, e também aos sábados, para atender os trabalhadores que farão o saque de até R$ 500 das contas do fundo e das cotas do PIS.
As agências abrirão nos sábados (das 9 às 16 horas) imediatamente posteriores às datas do pagamento (programado para as sextas-feiras). Durante os dias úteis, na semana seguinte, o expediente vai começar duas horas mais cedo. Esse expediente estendido acontecerá até o fim de março de 2020.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região fará campanha nas agências da CEF para esclarecer aos clientes o que implica aderir ao saque de R$ 500. A campanha envolverá também a exigência de contratação de funcionários e o fortalecimento do banco.