Hoje (22), a partir das 10h, o presidente Jair Bolsonaro discursará na 75ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), e irá insistir que o Brasil é um exemplo para o mundo na gestão ambiental, conforme relatos de integrantes do governo que já tiveram acesso ao conteúdo gravado.
Sem compreender a verdadeira realidade, onde o Brasil perde o controle do desmatamento na Amazônia e as queimadas no Pantanal causam a maior tragédia recente do bioma, com inúmeras mortes de animais e vegetação devastada, Bolsonaro irá (na maior cara de pau), rebater as críticas feitas à política de preservação ambiental do governo brasileiro. Segundo o presidente, o Brasil é um “exemplo para mundo”, apesar do aumento do número de queimadas e desmatamento.
Fora da bolha de fake news de Bolsonaro, críticas internacionais à política ambiental no Brasil não param de crescer. Governos de outros países, empresários, investidores, ambientalistas, celebridades e organizações não governamentais criticam a política ambiental de Bolsonaro.
Na semana passada, oito países europeus alertaram que o desmatamento dificulta a compra de produtos brasileiros, e uma aliança entre ambientalistas e agronegócio cobrou medidas do governo brasileiro.
Na Amazônia, principal preocupação internacional, os alertas de desmatamento subiram 34,5% no período de um ano, entre agosto de 2019 e julho de 2020. Os dados são do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Para o seu discurso que ocorrerá daqui a pouco, milhares de brasileiros o esperam com “panelaço”, protestando contra a política ambiental criminosa do governo.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região apoia esse protesto e acredita que Bolsonaro passará mais um vexame diante do mundo.
