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Bolsonaro diz que o Brasil “tem que deixar de ser um país de maricas” e enfrentar a Covid-19

11/11/2020

Enquanto o Brasil registra 162.845 mortes por coronavírus e 5.722.878 casos confirmados até as 8h desta quarta-feira (11), e a segunda onda da pandemia começa a apontar em outros países do mundo, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem (10), em cerimônia no Palácio do Planalto, que o Brasil “tem que deixar de ser um país de maricas” e enfrentar a doença.

“Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio, pô. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas”, disse Bolsonaro.

Países da Europa, como a Espanha e França, já vivem a segunda onda da doença, com recorde de mortes em apenas um dia e um novo lockdown para tentar frear a disseminação do coronavírus. Apesar de inúmeras notícias nacionais e internacionais sobre o fato, Bolsonaro minimiza a possibilidade do Brasil passar pelo mesmo momento.

“Aqui começam a amedrontar povo brasileiro com segunda onda. Tem que enfrentar, é a vida”, afirmou o presidente.

Na cerimônia, Bolsonaro citou pesquisas, segundo ele ainda não comprovadas, que mostrariam que o número de mortes por Covid-19 não chega a 20% do total de óbitos no país. “Não tem carinho, não tem sentimento? Tenho sim, por todos que morreram. Mas foi superdimensionado”, criticou.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, Bolsonaro não tem o mínimo de respeito, sensibilidade e responsabilidade. Ao afirmar que os brasileiros precisam deixar de ser “maricas”, o presidente, mais uma vez, demonstra seu preconceito e leviandade diante de qualquer situação. Com tantas vidas perdidas, não há como a população não ter medo dessa doença e, diferentemente do presidente, muitos brasileiros estão enfrentando a Covid-19 nos leitos, entre a vida e a morte. Além deles, há os que enfrentam esse perigo de forma consciente e correta, higienizando as mãos, mantendo distanciamento social e usando máscara. Essas medidas são fundamentais para impedir a propagação do vírus, mas Bolsonaro não as leva em conta desde o início da pandemia e  se manifesta de modo contrário à vacinação compulsória.

Para piorar, na segunda-feira, a Anvisa suspendeu os testes da CoronaVac, mesmo sabendo que a causa da morte do voluntário da vacina CoronaVac não foi relacionada aos testes, mas sim suicídio. Sem qualquer respeito em relação ao fato, Bolsonaro usou uma rede social para se gabar de que, com a suspensão dos testes, tinha ganhado mais uma disputa com João Dória, governador de São Paulo.

“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro em resposta a um seguidor dele no Facebook.

Absurdo!

 

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