O Banco do Brasil divulgou nessa quarta-feira (4) seus números referentes ao segundo trimestre: de janeiro a junho, o lucro líquido do banco somou R$ 9,75 bilhões, 52% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido ajustado, que exclui itens extraordinários, foi de R$ 9,952 bilhões, 48,4% maior.
As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) somaram R$ 5,394 bilhões no primeiro semestre, tendo caído 52,1%. Isso porque o índice de inadimplência superior a 90 dias também caiu fortemente, de 2,84% para 1,86%.
Em junho de 2020, o BB tinha 92.474 funcionários, mas, 12 meses depois, tinha apenas 85.518. Ou seja: o banco fechou 6.956 postos de trabalho. Além da redução do quadro de funcionários, o BB também reduziu a quantidade de estagiários, de 1.876 para 422 no mesmo período.
É preciso lembrar que, no começo do ano, mais de 5,5 mil funcionários aderiram ou ao Programa de Desligamento Extraordinário (PDE) ou ao Programa de Adequação de Quadros (PAQ), lançados pelo banco em janeiro. No fim de junho, no entanto, o BB abriu concurso público para contratar 2 mil escriturários.
Além da redução do número de funcionários, entre julho de 2020 e junho de 2021 o banco ainda fechou 390 agências (de 4.367, restaram 3.977 delas) e 33 postos de atendimento (que eram 1.815 e passaram a 1.782).
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, mesmo que o banco contrate 2 mil trabalhadores, isso não será suficiente para resolver o problema da sobrecarga de trabalho. Com os lucros gigantescos que vem obtendo, o BB poderia ampliar o quadro de funcionários e, dessa forma, proporcionar melhores condições de trabalho.
