Na segunda-feira passada (20), o Banco do Brasil pagou os recursos que devia à Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi). O pagamento foi realizado em decorrência da “aprovação” das alterações promovidas no estatuto da entidade. O banco aportou imediatamente R$1 bilhão e fará aportes anuais de R$550 milhões, além de R$150 milhões para despesas administrativas até 2021.
Os recursos pagos pelo BB são decorrentes de três convênios entre o banco e a Cassi, referentes à taxa de administração e a parte do banco sobre os dependentes, ambos retroativos a janeiro de 2019, assim como aqueles devido para arcar com os custos do Grupo de Dependentes Indiretos (GDI), aprovados por unanimidade pela diretoria e pelo conselho deliberativo da Cassi.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região ajuizou duas ações questionando a “aprovação” das alterações estatutárias da Cassi. Na ocasião, o banco se baseou na lei eleitoral para realizar as alterações. Uma aberração!
De acordo com uma reportagem do jornal Correio Braziliense, do dia 30, mesmo com os aportes, a Cassi precisaria cortar R$1,2 bilhão de despesas até 2023 para sair do vermelho. Hoje a Cassi cuida de 670 mil pessoas.
“Essa divulgação do Correio Braziliense reforçou o que dissemos durante toda campanha contra a alteração estatutária da Cassi. Ela continuaria deficitária mesmo com o aporte do banco e agora os associados têm custos bem maiores que anteriormente”, afirma Paulo Tonon, bancário do Banco do Brasil e diretor do Sindicato.