O Banco do Brasil, instituição bancária com o maior número de agências no país, anunciou seu plano de reestruturação em janeiro de 2021. A medida, planejada pelo governo Bolsonaro, tem o objetivo de avançar com privatização do banco, e previa o fechamento de 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento, bem como, a transformação de 243 agências em postos de atendimento.

No entanto, um ano depois, uma amostragem do Banco Central, mostra que o número de agências fechadas pelo BB chegou a 388. Com isso, o banco passou de 4.368 agências, em dezembro de 2020, para 3.980 agências no início de 2022. No período, o BB ficou em segundo lugar entre as instituições bancárias que mais fecharam agências durante a pandemia, perdendo apenas para o Bradesco, que encerrou as atividades de 1.527 agências desde março de 2020. Os 5 maiores bancos do país, juntos, fecharam 2.351 agências desde que a pandemia começou.

Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, o BB alega que a reestruturação visa o aumento da eficiência de suas atividades.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, os bancos estão usando a crise causada pela pandemia para enxugar seus quadros e aumentar seus lucros. No caso do BB, sob a gestão Bolsonaro, a entidade considera nítida a tentativa de excluir a responsabilidade social do banco com o desenvolvimento do país e dar continuidade ao processo de privatização do banco.

(Na foto, protesto realizado pelo Sindicato em fevereiro de 2021, na agência do Banco do Brasil localizada na rua Virgílio Malta, no Centro de Bauru, contra a reestruturação que resultou no fechamento da unidade)