O Banco do Brasil anunciou ontem, dia 29, que dará início a uma “revisão” e um “redimensionamento da estrutura organizacional”, tanto nos níveis estratégico (de direção geral) quanto tático (as superintendências), além das áreas de apoio regional e das agências.

O banco continuará sua política questionável de diminuir as agências físicas e ampliar o atendimento digital. Para isso, vai criar a “Unidade Inteligência Analítica”.

Já para ampliar seu lucro através de “eficiência operacional”, vai criar 42 novas agências Empresa até outubro, e transformar 333 agências em Postos de Atendimento Avançado (PAA), ao mesmo tempo em que 49 postos vão virar agências.

Essa transformação de agências em PAAs deve resultar em um grande número de descomissionamentos se a previsão de adesão ao Programa de Adequação de Quadros (PAQ) não atingir seu objetivo. Além disso, não estão claros quais os critérios que levaram à escolha das agências que serão transformadas em postos de atendimento.

Os ataques não se limitam às agências. Boa parte dos escriturários das áreas-meio será removida compulsoriamente para as agências.

PAQ

O banco anunciou que o PAQ consiste num incentivo financeiro que será dado a quem se desligar por aposentadoria ou até mesmo consensualmente. O incentivo será de 7,8 salários brutos para quem tem até 20 anos de banco e 9,8 salários brutos para quem tem mais que isso.

As adesões se darão de 31 de julho a 14 de agosto e é preciso haver excesso de funcionários no prefixo para poder aderir.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia a forma como Bolsonaro trata o Banco do Brasil, vendendo rapidamente seus ativos e enxugando sua estrutura e seu quadro funcional para posteriormente vendê-lo em sua totalidade. “Não aceite pressão e não tome nenhuma decisão precipitada”, orienta Michele Montilha, funcionária da BV Financeira e diretora do Sindicato.