Na semana passada, os funcionários do Banco PAN foram informados de que não vão receber a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), somente os valores referentes ao Programa Próprio de Remuneração (PPR) da instituição. Diante dessa notícia, alguns funcionários procuraram o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região para saber se isso estava correto, e a resposta, infelizmente, é sim.
O pagamento somente do PPR está previsto no acordo coletivo aditivo do PAN, assinado no ano passado.
A permissão para o banco descontar da PLR o valor pago a título de PPR só foi aceita pelo movimento sindical – e pelos funcionários, em assembleias – porque na ocasião o PAN ameaçava demitir cerca de 30% dos seus funcionários, diante da “necessidade de redução de custos para o exercício de 2018”.
Em troca de permitir essa compensação, o movimento sindical obteve do banco o compromisso de manutenção do quadro de funcionários por seis meses.
O Banco PAN, controlado pelo BTG Pactual e pela Caixa Econômica Federal, conta hoje com 2.195 funcionários e divulgou seus resultados na última terça-feira: teve lucro líquido de R$ 221,5 milhões no ano passado, 4% maior que o de 2017.
PLR de outros bancos
Santander, Bradesco, Itaú e Safra também já divulgaram os resultados de 2018, bem como as datas de pagamento da segunda parcela da PLR (tabela abaixo). O Santander teve lucro líquido de R$ 12,166 bilhões em 2018 (52% maior que o de 2017!), o Bradesco, de R$ 19,085 bilhões (30,2% maior!), o Itaú, de R$ 24,977 bilhões (4,2% maior) e o Safra, de R$ 2,146 bilhões (12,1% maior).
