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Bancários não serão vacinados até julho, segundo Fenaban

03/02/2021

Foto: Freepik

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) afirmou nesta quarta-feira (3), durante reunião com o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região sobre medidas de combate contra a Covid-19, que a categoria bancária não será vacinada até julho deste ano.

Os bancários, assim como outros diversos trabalhadores, ficarão de fora do plano de imunização até esse período, devido a falta de vacinas suficientes para atender toda demanda. Somente idosos, profissionais da saúde, indígenas, grávidas e pessoas com doenças pré-existentes serão vacinados nos sete primeiros meses de 2021. A compra de vacinas de forma privada está descartada, pois o laboratório que fizer esse tipo de venda, sofrerá retaliação. De acordo com a Federação, essas informações foram dadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo Instituto Butantan e pelo Ministério da Saúde, em uma reunião realizada ontem (2) entre as partes.

Ainda segundo informações obtidas nessa reunião, a possibilidade dos bancários começarem a ser imunizados em agosto ainda é uma incógnita, já que o governo ainda não decidiu se a vacinação será realizada por categorias a partir dessa data, ou por faixa etária. A Fenaban e o Sindicato seguirão pressionando os governantes para que as vacinas sejam compradas com urgência, evitando esse tipo de dilema.

Com o objetivo de contribuir na compra de insumos para fabricação de vacinas e agilizar o processo de imunização da categoria e população, a Fenaban afirmou que os bancos doaram R$320 milhões para a Fiocruz e R$60 milhões para o Butantan.

Protocolo uniforme

Durante a reunião realizada hoje, o Sindicato cobrou da Fenaban a uniformização de protocolos de segurança e higiene para todos os bancos, exigindo: a suspenção das visitações de clientes e as metas abusivas; a organização de filas; a compra de novos modelos de máscaras de proteção (N95 e PFF2); o afastamento dos funcionários que trabalharam na agência que registrou caso de coronavírus; e o afastamento das lactantes. Além disso, a entidade também cobrou novos acordos específicos por banco, que incluam anistia ou compensação de horas negativas durante a pandemia.

Sobre a solicitação da redução do horário de funcionamento dos bancos, a Fenaban afirmou que o processo foi testado em Manaus, mas o governo, o Ministério Público do Trabalho e o Procon foram contrários, prejudicando a possível execução nacionalmente.

O Sindicato também cobrou explicações dos bancos que deixaram de contratar empresas especializadas para realizarem limpeza em casos de Covid-19 nos locais de trabalho. A Fenaban justificou que as instituições estão cumprindo o estabelecido, pois os produtos usados pelas funcionárias de serviços gerais dos próprios bancos, são certificados para esses tipos de casos, desta forma, não haveria motivos para contratação de empresa especializada. No entanto, a entidade destacou que essa medida estaria colocando em risco a saúde das funcionárias terceirizadas dos bancos, que não estariam equipadas para tal serviço.

Home Office 

Em nível nacional, de acordo com a Fenaban, mais de 50% dos trabalhadores bancários seguem em home office. Aproveitando a pauta, o Sindicato denunciou que especialmente na Caixa Econômica Federal, trabalhadores que atuam nessa modalidade estão sendo ameaçados a voltar para o trabalhado presencial, caso não cumpram as metas estabelecidas. Foram cobradas soluções sobre o caso.

Na reunião, a Fenaban também afirmou que diariamente em torno de 100 agências, em todo o Brasil, estão fechando por conta de casos de coronavírus, e que este número deve aumentar ainda mais por conta das novas variantes da doença. Para combater a disseminação desses novos casos, a Federação demonstrou vontade em construir medidas eficazes de combate, com a ajuda dos sindicatos.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, essas medidas são urgentes, já que os trabalhadores não serão imunizados tão cedo e a transmissão do vírus continuará forte, ainda mais nas agências, onde há grande fluxo de pessoas, aglomerações e pouca circulação de ar.

Reestruturação e demissões

O Sindicato também cobrou explicações da Fenaban sobre a ausência de participação na discussão de reestruturação do Banco do Brasil, e sobre as demissões em bancos privados durante a pandemia. A Federação afirmou que uma nova reunião para discussão desses temas com o Sindicato será marcada em 15 dias.

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