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Bancários da Caixa expõem absurdos da ‘curva forçada’ da GDP após bloqueio das avaliações

06/05/2022

Bancos: Caixa Econômica Federal

Na última segunda-feira, dia 2, a Caixa bloqueou o acesso às avaliações do GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas). Os conceitos utilizados para classificar os resultados obtidos pelos bancários na venda dos produtos do banco também foi utilizado para definir o pagamento do bônus Caixa.

A medida unilateral gerou revolta entre os funcionários, que não conseguem entender os critérios obscuros utilizados pela Caixa, que apresenta enormes disparidades em suas avaliações. Grande parte deles questiona ainda se o pagamento do bônus foi aplicado corretamente, de acordo com as premissas definidas pelo próprio banco.

De acordo com o próprio Regulamento do Ciclo 2021 da GDP, apenas 5% dos trabalhadores podem ser avaliados como “excelentes” e, no máximo, 30% deles com os conceitos “excelente” e “superior”. Independente dos resultados apresentados, o texto também define que 5% das avaliações dos bancários da Caixa sempre será mantido como ‘insatisfatório’. Ou seja, o programa já nasceu com a intenção de humilhar e assediar a maioria dos bancários da Caixa. Atualmente, 65% do quadro de empregados da Caixa estão classificados de razoável para ruim.

Os bancários acusam que a “curva forçada”, implantada pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, em 2021, oprime e desqualifica o trabalho dos funcionários da Caixa, além de incentivar o individualismo e competição desenfreada entre os colegas de banco.

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Fabiana Uehara Proscholdt, afirma que o mecanismo é retrógrado e ineficiente, podendo ser definido apenas como uma ferramenta de assédio. “Ele foi abandonado pela iniciativa privada nos anos 1980, por não conseguir melhorar o desempenho dos trabalhadores e ser utilizado apenas para reduzir remuneração e justificar demissões. Mas, a Caixa, mesmo sabendo disso, resolveu implantá-lo para ‘criar uma nova cultura empresarial’ nos gestores e seus subordinados. O mecanismo conseguiu piorar ainda mais a GDP, que já era ruim por utilizar critérios subjetivos e opressores para a avaliação dos empregados”, declarou ela. A conclusão é que existem outros modelos mais adequados para a gestão de desempenho do pessoal.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região acredita que a GDP ataca as relações e direitos trabalhistas, pois seus critérios são subjetivos permitindo ao empregador transformá-la em um instrumento de assédio. O Sindicato já fez reuniões com outras entidades e avalia, inclusive, levar essa discussão para o Ministério Público do Trabalho.

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