Hoje (16), o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região irá realizar a partir das 19 horas, uma assembleia para deliberar sobre o pagamento dos descontos salariais realizado pelo Banco do Brasil, por conta da participação dos empregados na paralisação contra a reestruturação em janeiro deste ano, e pelo BB e Caixa após as paralisações contra a reforma trabalhista e a reforma da Previdência em 2017. A assembleia será virtual, através do link meet.google.com/nzv-fcsm-rye/.

Em 29 de janeiro e 10 de fevereiro,  funcionários do Banco do Brasil em todo o país cruzaram os braços em protesto contra a reestruturação da instituição. Na base do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, houve paralisações em Agudos, Arealva, Avaí, Fartura, Iacanga, Piraju e Bauru. Todos os funcionários que participaram dos protestos tiveram o dia descontado de seu salário e desconto no vale-refeição. Diante dessa medida arbitrária do banco, o Sindicato entrou na Justiça solicitando a devolução dos valores subtraídos. No entanto, como não há previsão sobre a reivindicação e entendendo a situação dos caixas, que tiveram seus salários reduzidos após a extinção do cargo devido à reestruturação, a entidade planeja pagar esses descontos.

Em 2017, bancários do BB e da Caixa Econômica Federal participaram da greve geral do dia 28 de abril organizada pelas centrais sindicais em protesto contra as reformas – trabalhista e previdenciária – propostas pelo então presidente Michel Temer. Na época, os bancários do BB tiveram o dia e reflexos descontados e a Caixa foi bem mais dura com os seus empregados: descontando não só o dia, mas também o final de semana e o 1º de maio (uma segunda-feira), além dos reflexos nos vales e na licença-prêmio.

A entidade ajuizou duas ações contra as medidas e, por enquanto, somente o Banco do Brasil foi condenado a devolver o desconto.

O Sindicato ressalta que a Constituição garante aos trabalhadores o direito de greve. As paralisações foram aprovadas em assembleia, conforme manda a legislação. Assim, não há motivo para os bancos punirem os funcionários!