O Santander registrou lucro líquido gerencial de R$ 4,084 bilhões no segundo trimestre de 2022, uma alta de 2% em relação aos primeiros três meses deste ano. Na comparação com o mesmo período de 2021, a queda foi de 2,1%.

No semestre, o lucro alcançou os R$ 8.089 bilhões, queda de 0,5% em comparação aos seis primeiros meses do ano passado. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) do banco foi de 20,7%, com queda de 0,4 ponto percentual (p.p.) em 12 meses. O lucro no Brasil representou 27,9% (€ 1,365 bilhão) do banco global (€ 4,894 bilhões), que apresentou alta de 16% em 12 meses.

A Carteira de Crédito Ampliada no país teve alta de 4% no trimestre (6,4% em 12 meses), atingindo R$ 543 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 14% em 12 meses (R$ 216,4 bilhões). O crescimento foi impulsionado por crédito pessoal (+25%) e cartão de crédito (+22%).  Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) totalizaram R$ 10,9 bilhões em junho de 2022.

684 postos de trabalho a menos

Só no trimestre, o banco encerrou 684 postos de trabalho. Em 12 meses, foram fechadas 327 agências e 105 PAB’s, sendo que, no segundo trimestre do ano, foram encerradas 49 agências e 23 PAB’s. Com 48.406 empregados no primeiro semestre de 2022, o banco abriu 1.980 postos de trabalho em 12 meses.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, um banco que alcançou R$ 4,084 bilhões somente no segundo trimestre de 2022, não tem motivos para seguir demitindo imotivadamente e adoecendo aqueles que ainda restam. Vale lembrar que, nos últimos dias, o banco foi condenado em R$ 275,4 milhões por danos morais coletivos em razão de metas abusivas, assédio e adoecimento dos funcionários.

(Na foto, protesto realizado pelo Sindicato em março, contra o desrespeito do Santander à jornada dos bancários)